O coordenador do Gat Saúde da Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) Fernando Amaral destacou a importância da Cassi e apresentou proposta preservando a história e os princípios do plano de saúde, durante debate realizado na quinta-feira, 19, no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio. 
Hoje na Cassi a contribuição é de 9,85%, sendo 4% para os associados e 5,85% para o banco. A proposta da empresa, da Cassi e das entidades envolvidas, que será submetida a votação, prevê uma contribuição ordinária de 8,5%, sendo 4% para os funcionários e 4,5% para o BB. 
“Com esta proposta, toda a diferença sobrecarregaria na folha do funcionalismo, sobre contribuição por dependentes para quem está na ativa e mais um aumento da co-participação”, explica. 
Amaral alerta que, pela proposta do banco, a contribuição dos funcionários vai variar de 4% a 8,42% dos salários e pela proposta da Cassi, esta variação será de 4% a 7,92%, o que quebra o princípio da solidariedade, uma conquista dos trabalhadores. 
“Defendemos o voto não porque com a contribuição de 5,5% de todos os empregados e o BB pagando 8,3% a gente consegue o equilíbrio da Cassi, mantendo a solidariedade até 2025, quando então a gente iria rediscutir a correção deste percentual”, afirma. 
Importância da Cassi
Aos 74 anos, a Cassi existe para suprir a ausência e fragilidade dos órgãos de saúde pública, garantindo qualidade e satisfação dos bancários e familiares, que desde o ano de 1997 podem integrar o plano da Cassi Família. O sistema de saúde da Cassi oferece cobertura assistencial e ocupacional e gestão de saúde. 
Saúde
Fernando ressalta a valorização que a Cassi dá ao público idoso, ao contrário de outros planos de saúde. “Temos 28% dos usuários idosos enquanto o mercado só tem 5% no máximo, ou seja, isso não é um problema para nós, e sim a confirmação que o plano está certo, já que boa porcentagem de pessoas consegue atingir essa faixa etária dentro do nosso programa”, comenta.
Menor custo
Amaral lembrou ainda que a Cassi tem o menor custo comparado aos demais planos por causa da estratégia de saúde. “Temos um número de utilização de serviços assistencialistas superiores ao do mercado, assim como a quantidade maior de exames, consultas e diagnósticos. O uso qualificado da rede e da CliniCassi que atua como viabilizadora da estratégia de saúde é fundamental”, afirma. 
Compromisso com a Cassi
Mesmo diante dos lucros exorbitantes, o Banco do Brasil tenta tirar sua responsabilidade em relação ao compromisso com a Cassi, tentando impor o aumento da participação dos associados, para diminuir sua contribuição. 
“Como patrocinador do plano, o BB tem grande importância para o crescimento da Cassi, e sua proposta visa exclusivamente favorecer apenas aos interesses do banco, através do chamado “voto de qualidade”, postura da administração do banco que representa um risco real que pode resultar na fragilização da Cassi”, acrescenta. 
Rateio
O fundamento de cada rateio é dividir entre os usuários de forma igual a contribuição mensal garantindo os recursos para todos empregados e familiares poderem usufruir do acesso clínico. O modelo atual é a faixa de renda, o modelo da solidariedade, que defende a manutenção da atual proporção: 60% Banco e 40% Cassi.
A palestra foi gravada por completo pelo Sindicato e estará disponível nas redes sociais e site em breve.