Quinta, 19 Julho 2018 23:25

COPACABANA - Sindicato para agências do Itaú contra demissões e convoca bancários para a luta

Diretores do Sindicato durante a paralisação em uma das sete agências do Itáu, em Copacabana. Clientes apoiaram o protesto Diretores do Sindicato durante a paralisação em uma das sete agências do Itáu, em Copacabana. Clientes apoiaram o protesto

O Sindicato comandou um grande protesto contra as demissões no Itaú na última quarta-feira (18/7). O bairro escolhido foi o de Copacabana, onde pararam sete agências: nas Avenida Nossa Senhora de Copacabana e Atlântica e na Rua Figueiredo de Magalhães. Nelas, foram demitidos Gerentes de Suporte Operacional (GSO), entre outros.
O objetivo do banco é o de cortar custos para aumentar ainda mais seus gordos lucros, mostrando não ter qualquer preocupação em jogar no desemprego os responsáveis pelo excelente desempenho da empresa, ou com os clientes, que vêm reclamando da queda na qualidade do atendimento em função da contínua redução de pessoal. A paralisação teve adesão total dos bancários e apoio dos clientes.
Representantes do setor de Relações Sindicais do Itaú entraram em contato com o Sindicato para saber o motivo do protesto. A diretora da entidade e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Maria Izabel Menezes, explicou que a finalidade era fazer com que o banco marcasse uma negociação em que seria cobrado o fim das demissões. “Até o final do expediente não houve retorno. Desta forma, advertimos que, enquanto o Itaú não abrir um canal de negociação sobre o assunto, as paralisações vão continuar”, avisou.
Izabel condenou a estratégia equivocada do banco de obter lucro a qualquer preço, inclusive, contratando pessoas sem experiência no sistema financeiro para substituir GSO, o que aconteceu em pelo menos uma das agências de Copacabana.
O também diretor do Sindicato, Adriano Campos, disse que as demissões em massa num banco que tem tido lucros recordes a cada ano, mostram ganância e falta de responsabilidade. “O Itaú vai muito bem de vida, não tendo motivos para promover dispensas. Vale ressaltar que os atingidos têm sido os com mais tempo de banco substituídos por novos com menor salário, quando há a reposição da mão de obra”, comentou.
Caravanas 
 A diretoria do Sindicato vem percorrendo os principais bairros da cidade do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (17/7) foi a vez de Copacabana. Os diretores visitaram as agências das avenidas Nossa Senhora de Copacabana, Barata Ribeiro, Princesa Isabel e ruas adjacentes, informando sobre o andamento das negociações da Campanha 2018, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso ressaltou a importância dos bancários se empenharem em participar e se mobilizar. Até aqui os bancos têm se recusado a assinar o pré-acordo garantindo a ultratividade, ou seja, a manutenção integral dos direitos previstos nas cláusulas da CCT, após a data-base. Se persistirem nesta posição, no dia 31 de agosto, todos os direitos garantidos na Convenção deixarão de valer.
“O risco é enorme. Mas o que vai ditar o rumo das negociações é a menor ou maior participação da categoria. É o tamanho desta pressão que vai fazer com que a Fenaban saia desta postura e aceite a preservação dos direitos até a assinatura da nova convenção, como sempre aconteceu, ou se mantenha intransigente”, explicou Adriana aos bancários nas agências por onde passou a caravana do Sindicato.
O diretor do Sindicato, Edelson Figueiredo alertou os bancários para necessidade de se mobilizar o quanto antes. “Nada cai do céu. Temos que lutar, participar, procurar nos informar sobre os rumos da campanha”, disse. 

Mídia