Segunda, 05 Março 2018 00:00

O BRASIL TEM SOLUÇÃO - A intervenção é a do povo nas ruas

Tanques, armas e militares nas ruas não trazem paz. Trabalhadores precisam reagir,mobilizados e unidos, para resgatar o sonho de um Brasil para todos

O governo e a imprensa, mesmo constrangidos pelos fatos, comemoram o que chamam de fim da recessão. O “crescimento” de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017 foi o suficiente para os “especialistas” da Globo e parceiros da grande mídia afirmarem que o Brasil “saiu da recessão”. Para esconder o desastre e a incompetência, o Palácio do Planalto joga tudo na intervenção militar no Rio, para, em vão, tentar salvar um governo que naufraga na maior impopularidade da história. Só para se ter ideia do resultado pífio, o crescimento médio da economia brasileira durante os dois mandatos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) foi de 4% ao ano. No último ano da gestão petista o PIB cresceu 7%.
O fiasco de Temer
Se comparar os números com o desempenho global da economia, fica fácil perceber que a política econômica de Temer é um fiasco. Pelo menos para os trabalhadores, que perdem direitos, renda e emprego, e para os setores produtivos da economia. Só os banqueiros continuam nadando em dinheiro. Também pudera. Num país que cresce um ponto percentual e a inflação anual de 2,9%, abaixo da meta de 3% do Palácio do Planalto, os juros cobrados pelos banqueiros da população continuam estratosféricos: 240,7%.
A reação do povo
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso, é o povo quem tem a saída para a crise.
“Não é possível um país suportar um projeto que destroi a legislação de proteção trabalhista, inviabiliza a indústria nacional e o pequeno empreendedor, congela os investimentos sociais e entrega nossas riquezas naturais ao capital estrangeiro. Só os banqueiros ganham. Somente o povo unido, nas ruas, nos sindicatos, nas comunidades, poderá mudar este triste quadro do país,” afirma a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, que convoca todos os bancários e bancárias para a manifestação no Dia Internacional da Mulher (8 de março), que começa às 16 horas, na Candelária. A passeata seguirá até a Alerj e terá como encerramento, um ato público na Praça XV.
Indústria agoniza
O setor produtivo, como a indústria, agoniza, e viu sua participação na economia ter o pior desempenho desde 1950. O modelo econômico não apenas tem debilitado a indústria nacional, gerando mais desemprego, mas também achata salários e reduz a renda média do trabalhador. Na indústria, o trabalhador chinês já tem renda maior que a dos brasileiros.
Brasil patina
Para se ter ideia do fiasco da política econômica do ministro banqueiro, Henrique Meirelles, basta comparar o desempenho da economia do Brasil com o resto do mundo. No ranking global do PIB o Brasil é o 45º colocado. Países desenvolvidos costumam ter desempenho menor pois já possuem uma economia e um poder de compra do mercado interno consolidados. Já os demais “emergentes”, do qual o nosso país faz parte, despontam nos primeiros lugares: China é a segunda colocada, Índia aparece em quarto. A Romênia desponta como a surpresa, em primeiro. Filipinas ((3º), Malásia (5º) e Indonésia (6º) também se destacaram em 2017.

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