Segunda, 23 Julho 2018 15:36

Novo prazo para saque do abono salarial começa dia 26

Duas milhões de pessoas poderão sacar o dinheiro que ficará disponível até 30 de dezembro Duas milhões de pessoas poderão sacar o dinheiro que ficará disponível até 30 de dezembro

Apesar de frustrar os empregados na segunda mesa de negociação, banco promete manter diálogo com empregados

A direção da Caixa Econômica Federal manteve a mesma postura intransigente na segunda mesa de negociação com os empregados, realizada na sexta-feira, dia 20, em Brasília. O banco não apresentou nenhuma proposta concreta e tudo indica que só vai trazer proposições no prazo final das negociações, até o dia 1º de agosto. Apesar do jogo duro, os representantes da empresa sinalizaram que poderão negociar a manutenção de direitos previstos no atual acordo da Convenção Coletiva de Trabalho, e em relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultados), inclusive a PLR Social, uma conquista importante dos trabalhadores da Caixa. Apesar de concordar em manter o diálogo nas questões específicas, o banco deixou claro que vai aguardar a posição da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em relação à proposta geral para a categoria para apresentar respostas às demandas próprias dos empregados, inclusive sobre a PLR.
“A Caixa, em nossa segunda rodada de negociação já deveria apresentar uma proposta. Na verdade, não temos nada para levar aos empregados e a única saída é fortalecer a mobilizar para pressionarmos o banco a tratar os trabalhadores com respeito”, afirma o diretor da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf-RJ/ES), Ricardo Maggi, que participou da reunião na capital federal.
Demandas sem resposta
Os representantes dos empregados cobraram o fim da discriminaçao de gênero, com o fim da possibilidade do descomissionamento de gestantes, além da manutenção da titularidade da função pelos empregados doentes na licença médica. Reivindicaram ainda ampla defesa nos processos disciplinares, não punindo preliminarmente os trabalhadores. Atualmente, o empregado que recorre corre o risco de ter a pena piorada. Os sindicatos querem também um debate sobre os funcionários da carreira administrativa e profissional, que representa 90% dos Bancários e o fim do descomissionamento arbitrário.  Cobraram ainda a garantia de um delta por ano por antiguidade dos emprO Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) conseguiu prorrogar o prazo para o pagamento do abono PIS/Pasep que havia terminado no dia 29 do mês anterior para a data limite 30 de dezembro. Aproximadamente duas milhões de pessoas terão o direito de sacar o benefício, nas agências da Caixa e do BB, que ao total somam R$ 1,44 bilhão destinados aos empregados com o direito.

Benefício

Disponível para todos os trabalhadores formais que durante o ano de 2016 tiveram pelo menos um mês com remuneração média de até dois salários mínimos, os valores de cada saque variam de acordo com o tempo trabalhado no ano citado. Quem trabalhou os doze meses, deve receber um salário mínimo (R$954), no cenário inverso, quem contribuiu com menos de 30 dias trabalhados deverão receber o valor mais baixo (R$ 80).

Funcionários públicos vinculados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) têm como referência o Banco do Brasil, que fornece informações pessoais, online e através do telefone: 0800-729-0001. Já os empregados de iniciativa privada que estão cadastrados no Programa de Integração Social (PIS), sacam o dinheiro nas agências da Caixa Econômica Federal. Assim como no BB, o atendimento para esclarecer dúvidas pode ser realizado pessoalmente, pela internet ou pelo telefone: 0800-726-0207.

O abono

Pago anualmente com os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) que é abastecido pelos depósitos dos empregadores de todo o país, o abono salarial do PIS/Pasep é um benefício de todo empregado de carteira assinada.egados, o que foi rejeitado pelo banco, que aceitou a manutençao do atual modelo (a cada dois anos garante um delta de antiguidade e todo ano a discussão da sistemática por mérito).
PLR
Apesar de não apresentar proposta para nenhum item na mesa, o banco sinalizou que pretende, além de dialogar sobre cláusulas do atual acordo vigente, negociar a manutenção das regras para a PLR e PLR Social.
“A direção da Caixa promete manter a negociação mas nos preocupa o discurso da empresa em relação ao teto previsto na Lei das Estatais, novo marco regulatório que corta investimentos das estatais para conter os gastos públicos. Me parece uma desculpa para não atender as nossas demandas. Não temos garantia de nada até agora. Temos que fortalecer a mobilização para garantir nossos direitos”, acrescenta Maggi.
Caixa 100% pública
A questão dos limites dos gastos está sob a tutela da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento (Sest).
“A Caixa disse ainda que as propostas precisam passar também pelo Conselho de Administração, conforme aprovado no novo estatuto. Esperamos que não haja empecilhos para que a empresa atenda as nossas reivindicações. É fundamental também manter a Caixa 100% pública”, conclui Maggi.

Quarta-feira, 25, empregados vestirão branco em defesa do Saúde Caixa
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