Sexta, 02 Março 2018 00:00

Sou candidato a conselheiro deliberativo da CASSI, pela

Chapa 1 - Em Defesa da Cassi.

 

A votação ocorrerá no período de 16 a 28 de março de 2018. E sua participação e que vai garantir que a chapa mais votada tenha legitimidade inquestionável para nos representar na gestão da CASSI, nos próximos 4 anos.

Quero compartilhar com vocês a minha preocupação com a nossa CASSI.

As receitas extraordinárias temporárias, aprovadas pelo Corpo Social para o Plano de Associados, não serão suficientes para manter o equilíbrio e a solvência do Plano até dezembro de 2019. Tendo em vista a proximidade do fim de nossas reservas livres, em 2016, o BB e seu funcionalismo optaram por garantir um recursos temporário, extraordinário - 1% a mais para os participantes (R$ 17 milhões/mês) e mais R$ 23 milhões/mês) para o patrocinador, valor que seria suficiente para suportar as despesas previstas para 2017, como fôlego para a continuidade das negociações e definição de medidas estruturantes internas. Não foi prevista a possibilidade de recomposiç&a mp;a tilde;o de reservas.

A partir deste ano (2018) voltaríamos a ter déficits mensais, desta vez, consumindo as reservas obrigatórias da CASSI, criando a possibilidade de intervenção por parte da ANS. Por conta disso, o BB, semanas atrás, decidiu antecipar as contribuições patronais sobre os 13º salários de 2018, 2019, 2020 e 2021. Agora, devemos nos preparar para continuarmos o processo negocial com o BB para termos um acordo que garanta a estabilidade do custeio por mais longo prazo.

O mercado de saúde, no mundo inteiro, atravessa uma enorme crise de sustentabilidade. A inflação da saúde é maior do que a inflação geral que corrige os salários dos cidadãos. Assim, os trabalhadores que têm plano ou seguro saúde privado, comprometem, a cada ano, um percentual maior de sua de renda com seu plano de saúde. Isso sem contar que ao aumento do custo do plano de saúde para esses trabalhadores, também soma-se o aumento de preço por faixa etária, tornando esses preços proibitivos para grande parte desses trabalhadores. Por este motivo, os planos e seguros de saúde privados perderam, de dezembro 2014 até setembro 2017, mais de 3 milh& otil de;es de usuários. (Dados do Sistema de Informações de beneficiários da ANS/MS)

O desafio, portanto, não é só da CASSI. Mas, por ser um plano de saúde de autogestão com usuários com vinculo direto com o patrocinador, os usuários da CASSI tem a vantagem de poder ratear o custo total de seu plano de saúde com contribuição de um único percentual sobre a renda de todos, tornando o plano sustentável, solvente e acessível para todos, sem ficar com preço proibitivo para ninguém. Essa vantagem e a opção pelo modelo de atenção integral à saúde, de caráter preventivo, viabilizou, ao contrário dos planos e seguros de saúde privados, que tenhamos conseguido manter nosso comprometimento de renda para termos assist&a mp;e circ;ncia à saúde para todos os membros de nossas famílias nos 3% de nossos salários, desde 1996 até 2016 (durante 20 anos). E isso sem perdermos uma só vida por incapacidade de pagamento. Vale ressaltar que temos 29,8% dos nossos usuários com mais de 59 anos, enquanto a média de usuários nessa faixa de idade, nos planos e seguros de saúde privados varia de 5% a 5,5%.

Mas nosso desafio nos próximos meses e anos, não se limitará ao debate de valores ou percentuais de renda para custeio do plano. O principal debate que ocorrerá paralelamente ao debate de sustentabilidade será sobre o acesso ao plano de saúde. Teremos que decidir se queremos acesso à assistência a saúde para todos nós e nossos dependentes, ou se aceitaremos ter assistência à saúde somente para os que puderem pagar os altos custos de planos que rateiam seus custos por risco de uso por faixa etária.

A Resolução CGPAR 23 orienta os representantes da União nos Conselhos de Administração das empresas públicas e estatais a exigirem que os planos de saúde de autogestão, dessas empresas, abram mão de sua vantagem comparativa de poder ter contribuição por percentual de comprometimento de renda igual para todos, e adotem a sistemática dos planos e seguros de saúde privados de risco de uso por faixa etária. Esse método que ignora a capacidade de pagamento do usuário, fará com que só permaneçam no plano os que tiverem altos salários.

Além disso, a CPC 33, buscando garantir transparência dos compromissos de empresas de capital aberto para com seus ex-empregados (os aposentados), ao invés de determinar que o valor presente do compromisso futuro seja informado nas Notas Explicativas do balanço, determina que esse valor seja contabilizado como provisão, reduzindo sensivelmente a capacidade operacional dos bancos, em função dos limites operacionais previstos no Acordo de Basiléia III.

Percebam os imensos desafios que teremos que enfrentar nos próximos anos. Assim, a escolha dos futuros dirigentes da CASSI, neste momento, é uma questão estratégica. Serão esses novos dirigentes que, em conjunto com os que lá chegaram em 2016, e com o com apoio e a participação do corpo social, dos sindicatos e das entidades representativas do funcionalismo do BB, irão discutir e negociar com a Diretoria do Banco do Brasil, com a ANS e com os órgãos governamentais, a sustentabilidade e a perenidade da CASSI.

Por estas razões aceitei o convite do companheiro William Mendes, nosso candidato a Diretor de Saúde por mais um mandato, para compor aChapa 1 – Em defesa da Cassi, que também conta com a experiência de gestão e de representação, dos companheiros Fabiano Félix, Elisa Ferreira e Ana Busato, no Conselho Deliberativo e Carlomagno Goebel e Diusa Almeida, no Conselho Fiscal. Acredito que nossa chapa tenha a melhor composição para representar os funcionários do BB no que se refere aos desafios citados. Também sei que cada colega de cada uma das chapas concorrentes acha o mesmo de suas chapas e composições, o que é totalmente legítimo. E a decisão será tomada com a participação de todos.

Desde 2014 as representações do funcionalismo estão unidas em mesa única de negociação. Tenho certeza de que, qualquer que seja o resultado deste pleito eleitoral, após a proclamação do resultado, todos estaremos juntos e unidos na defesa dos direitos e dos interesses dos colegas do Banco do Brasil.

Eleição não é um momento de divisão. É um momento de escolha. Por isso peço seu voto na Chapa 1 - Em Defesa da Cassi.

Rio de Janeiro (RJ), 01 de março de 2018

 

Fernando Amaral Baptista Filho

funcionário do BB aposentado e candidato ao Conselho Deliberativo da Cassi pela

Chapa 1 - Em Defesa da Cassi

Mídia