O governo anunciou ontem (1) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) financiará uma linha de crédito de R$ 33,6 bilhões para investimentos em segurança pública de Estados e municípios. O cronograma dos empréstimos prevê R$ 4 bilhões já para 2018, podendo chegar à um total de R$ 42 bilhões em cinco anos.

Michel Temer convocou os governadores a Brasília para oficializar o anúncio. Estados de Alagoas, Minas e Paraná não mandaram representantes à reunião. Ao todo 16 governadores somados com oito vices, foram ao Planalto.

A controversa é o motivo do BNDES não permitir em seu estatuto o financiamento de armas de fogo, investimento que o governo de Temer pretende realizar com urgência em alguns estados. Diante de um cenário de guerra, como no Rio de Janeiro, por exemplo, além da segurança em crise e o estado decretar falência, existe a partir de agora o problema de quem terá a responsabilidade de gerir tal investimento.

O valor extraordinário de R$ 42 bilhões causa estranheza até em fontes do banco. “Parece ser jogada política, somente um Estado têm condições de tomar dinheiro do BNDES, que seria o Espírito Santo, e mesmo assim seria pouco. Os restantes já estão no limite de crédito com o banco”, afirma.

O banco espera até o mês de abril para receber os programas de investimento em segurança. Cidades com mais de 500 mil habitantes e os 27 Estados brasileiros fazem parte do planejamento.

Geraldo Alckmin (PSDB-SP) que está constantemente na presença de Michel Temer, afirmou que há pouco tempo, que, a privatização da Caixa e Eletrobrás seria a “melhor opção”, confirmou na reunião que a linha de crédito financiada pelo BNDES seria o passo correto, reforçando a ideia de ser mais um viés político eleitoral do governo ilegítimo de Temer e companhia.

Após o término da reunião, a maior queixa a falta de recursos orçamentários para o setor. Sem anúncio oficial de Temer, o mesmo ficou de tratar desse assunto nos próximos meses.

Fonte: Valor