Terça, 24 Julho 2018 15:54

Líder em reclamações, Santander pretende lançar banco 100% digital

Banco que já demitiu mais de mil pessoas em 2018 e lidera o ranking de reclamações dos clientes segue reduzindo seu quadro de empregados Banco que já demitiu mais de mil pessoas em 2018 e lidera o ranking de reclamações dos clientes segue reduzindo seu quadro de empregados

O Banco Santander está investindo cada vez mais em Blockchain, uma plataforma online criada em 2008 que permite o registro de transações e está totalmente ligada às moedas virtuais. Com o objetivo de liderar o desenvolvimento e aplicação de tecnologia no setor bancário, a instituição financeira pretende lançar um banco 100% digital, e dar continuidade ao plano de demitir em massa, como aconteceu no primeiro semestre do ano, quando mil pessoas foram demitidas, além da contribuição com os 2.846 postos de trabalhos fechados pelos bancos.

Apesar da pesquisa recente divulgada pelo Banco Central, onde revela que o Santander é o líder em queixas dos clientes, com 1.576 reclamações procedentes, a instituição financeira pretende reduzir ainda mais a quantidade de funcionários para investir nas plataformas virtuais, através do modelo “Self Service” onde o próprio cliente realiza seu atendimento.

Esse investimento virtual foi celebrado por Ana Botin, presidente global do grupo espanhol, durante um evento ocorrido em Londres, na Inglaterra, “Percebemos que muitas pessoas jovens não precisam ir às agências e na Argentina achamos que há mercado para um banco digital”, afirmou. A operação, explicou ela, consegue atender “1 milhão de clientes com apenas 60 funcionários e isso permite oferecer um serviço diferenciado”, finalizou.

O processo de modernização que o Santander atravessa, migrando para as plataformas digitais, prejudicam seus funcionários que estão cada vez mais sobrecarregados com a grande demanda de clientes dentro das agências, além das demissões em massa adotadas pelo banco, e também os idosos e pessoas analfabetas, que não possuem tanta intimidade com os recursos virtuais e necessitam do atendimento pessoal e agências próximas à sua residência. Tudo isso parece não ser prioridade do grupo de Ana Botin, que não tem contribuído com a responsabilidade social como deveria.

Noticiado pelo Sindicato recentemente, um cliente em Brasília chegou a abrir uma denúncia no Procon, contra o Santander, por causa da demora na fila de espera que ultrapassou três horas seguidas no aguardo.

Mídia