Segunda, 29 Janeiro 2018 00:00

Bancários em defesa da democracia

Grandes protestos acompanharam o julgamento do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4), que confirmou a decisão da primeira instância de condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quarta-feira (24). Em todas as manifestações o julgamento foi classificado como uma fraude destinada a impedir a participação de Lula nas próximas eleições presidenciais. Também em todos os atos públicos e passeatas foi deixado claro o recado de que vai se ampliar em todo o país e no exterior a luta para que o candidato do PT que aparece à frente em todas as pesquisas, participe do pleito.
Em Porto Alegre, mais de 80 mil pessoas participaram da manifestação. O maior ato de São Paulo aconteceu em São Bernardo do Campo. Um grande protesto aconteceu, também, na Praça da República. No Rio de Janeiro, a manifestação foi na Avenida Rio Branco e teve a participação de parlamentares, representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, das centrais sindicais, entre elas CUT e CTB, de dezenas de sindicatos, como o dos bancários, do movimento estudantil, movimento negro e de mulheres.
Houve protestos ainda, no Paraná, Ceará (Fortaleza, Crateús, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Quixadá e Sobral), e ainda em, Recife (PE), João Pessoa (PB), em São Luiz (MA), Natal (RN), Salvador, Serrinha, Vitória da Conquista e Itabuna (BA), além de Aracaju (SE). E ainda em Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES).
Decisão política
No ato do Rio de Janeiro, o diretor da Contraf-CUT, Marcello Azevedo, ex-diretor do Sindicato, classificou a fraude judicial de Porto Alegre, como uma forma de dar prosseguimento à política do governo de Temer de retirar direitos dos trabalhadores e entregar o patrimônio público e as riquezas nacionais aos grandes grupos econômicos, sobretudo os estrangeiros. “Não é à toa que o julgamento aconteceu no mesmo dia em que os representantes das grandes corporações multinacionais e governos de países centrais se reuniram no Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos, na Suíça”, afirmou.

Comando também critica decisão

Em reunião na quinta-feira (25), em Porto Alegre, o Comando Nacional dos Bancários decidiu se manifestar contrário à condenação, sem provas, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao questionarem a decisão, frisaram a importância da defesa da democracia no Brasil.
Para o Sindicato, a decisão atende aos interesses de grupos econômicos multinacionais e de bancos nacionais e estrangeiros, que querem a eleição de um presidente que mantenha a mesma política de Temer de retirada de direitos e entrega das riquezas naturais, como o petróleo, e das estatais, ao capital internacional.

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