Em reunião no dia 25 último, em Porto Alegre, o Comando Nacional dos Bancários decidiu se manifestar contrário à condenação, sem provas, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao questionarem a decisão, frisaram a importância da defesa da democracia no Brasil.

No dia 24, o Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4) confirmou a sentença da primeira instância que condenou o ex-presidente da República, sem a apresentação de provas de que seria dono do tríplex do Guarujá, fonte de toda a acusação. Como consequência, Lula ficaria inelegível, não podendo se candidatar à Presidência nas eleições deste ano. Para o Sindicato, a decisão atende aos interesses de grupos econômicos multinacionais e de bancos nacionais e estrangeiros, que querem a eleição de um presidente que mantenha a mesma política de Temer de retirada de direitos e entrega das riquezas naturais, como o petróleo, e das estatais, ao capital internacional. Um presidente que governa de costas para os mais pobres.

Campanha salarial

Na mesma reunião o Comando definiu o calendário dos debates preparatórios da campanha deste ano. Os encontros de bancos públicos e de bancos privados acontecerão dois dias antes da Conferência Nacional dos Bancários, que aprova a pauta de reivindicações e estratégias a serem postas em prática. A Conferência será na quadra dos bancários de São Paulo, nos dias 9 e 10 de junho.

O local dos encontros de bancos públicos e privados será também em São Paulo, em locais a serem definidos. O número de delegados participantes dos encontros deverá ser o mesmo do ano passado. O comando indicou ainda o fortalecimento e o aprofundamento dos debates nas conferências regionais. O Comando volta a se reunir em 28 de fevereiro, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.