Segunda, 30 Julho 2018 18:19

Bradesco lucra R$ 5,1 bilhões em três meses, mas segue demitindo

Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT, disse que o Bradesco não tem justificativas para demitir e convocou os bancários para fortalecer a mobilização da categoria numa das mais duras campanhas salariais da história Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT, disse que o Bradesco não tem justificativas para demitir e convocou os bancários para fortalecer a mobilização da categoria numa das mais duras campanhas salariais da história

O Bradesco anunciou na última quinta-feira (26) um lucro líquido no segundo trimestre do ano de R$ 5,161 bilhões, um crescimento de 9,7% comparado ao mesmo período de 2017. Mesmo assim, fechou 7.460 postos de trabalho em doze meses. A exploração recaiu também sobre os clientes com taxas abusivas de tarifas bancárias aumentando 8,3% no ano, gerando uma receita de R$ 8,12 bilhões.
“Demissões em massa, assédio moral e pressão por metas cada vez mais absurdas. Um banco que fatura mais de R$5 bilhões em 90 dias não tem justificativa para demitir e explorar seus funcionários. E o pior é saber que, no Brasil, lucros e dividendos dos banqueiros e acionistas não são taxados. Eles não pagam um só centavo de imposto, isenção criada pelo ex-presidente FHC”, critica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. 
Mais desemprego
De acordo com dados Dieese, o Bradesco encerrou o trimestre com 97.683 empregados. O segundo maior banco privado do país segue contribuindo para o aumento de desemprego, jogando centenas de famílias desempregadas com o fechamento superior a 7 mil postos de trabalho desde julho de 2017, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O setor financeiro é o que mais lucra no país. Apesar disto, os cinco maiores bancos são responsáveis por demitir 55% de seus funcionários sem justa causa.

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