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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em meio à pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes queriam pagar R$ 200 mensais para trabalhadores autônomos e informais como renda mínima durante a quarentena. Os partidos da oposição bem que tentaram um valor melhor, R$1050, mas um acordo na Câmara dos Deputados fechou o auxílio em R$ 600, podendo chegar a R$1.200 por família. Pode parecer que a ajuda vai custar muito dinheiro para a União, mas para entender como o auxílio aos setores mais vulneráveis é ainda irrisório, num cálculo estimado de 24 milhões de beneficiados, o gasto com esta "renda mínima" custaria para os cofres públicos um total de R$ 14,4 bilhões por mês. Já para os bancos, o setor que mais ganha dinheiro no Brasil há pelo menos quatro décadas, o governo concedeu a gorda quantia de R$1,2 trilhão e sem nenhuma contrapartida social, com o objetivo de “dar mais liquidez” e “fazer caixa” para as instituições financeiras, como disse o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ex-executivo do Banco Bozano Simonsen.
Com este valor destinado à instituições financeiras como Itaú, Bradesco e Santander, seria possível estender a dita "renda mínima" para dois bilhões de pessoas (quase dez vezes a população do Brasil), se à dividíssemos por este ínfimo valor de R$ 600 por pessoa.
Mesmo diante da maior calamidade global desde a segunda guerra mundial, a pandemia do coronavírus, o governo brasileiro mostra claramente de que lado está: do mais poderoso e rico setor da economia do país, o cartel dos bancos. O povo e as pequenas e micros empresas que fiquem com as sobras, que além de serem irrisórias, demoram a sair. O ministro da Economia Paulo Guedes alega problemas “com a burocracia do estado” para explicar a lentidão na hora de liberar os recursos para quem mais precisa, o que não existe quando o assunto é conceder dinheiro público para os banqueiros.
Fonte: Esquerda Diário