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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A reunião realizada entre dirigentes sindicais e a direção do Santander na última quarta-feira, 4, foi uma decepção para os funcionários do banco. A direção do grupo espanhol negou as duas principais reivindicações dos bancários na renovação do acordo aditivo: tarifa zero e condições diferenciadas na contratação de crédito para os empregados, como CDC, consignado e imobiliário. A minuta foi entregue na terça-feira, dia 3.
“Foi uma decepção muito grande para os funcionários, que com muito trabalho e sacrifício são responsáveis por 28% do lucro do banco no mundo. O Santander mostra, maus uma vez, que não valoriza seus empregados”, criticou o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, que é membro do COE (Comissão de Organização dos Empregados) e participou das reuniões, em São Paulo.
A despeito das tarifas diferenciadas, Vicente lembrou que o Brasil é o único país do mundo em que o banco não pratica a isenção de tarifas.
“Somente no Brasil, entre mais de 150 países, o Santander não aplica a tarifa zero para os funcionários. Em 2019, o banco lucrou no Brasil R$ 18 milhões apenas com tarifas, valor equivalente a duas vezes a folha de pagamento, incluindo a PLR”, ressalta.
Contraproposta do banco
O Santander apresentou uma contraproposta que não atende as reivindicações dos trabalhadores. A proposta prevê a melhoria na redistribuição das bolsas de estudo sendo 1.000 bolsas para a primeira graduação, 1.400 bolsas para a segunda graduação e 100 bolsas para cursos de MBA.
Sobre a CPA20, a banco disponibilizará um simulador para os funcionários treinarem e estudarem antes de fazerem a prova e que marcará a prova do funcionário quando este atingir 80% de aproveitamento no simulador.
Para a PPRS, a proposta do banco é aumentar o piso dos R$ 2.660,00 atuais para 2.800,00. Para o ano 2020 e 2021 a PPRS seria reajustado pelo índice da CCT daquele ano.
Os sindicatos valorizam o diálogo e o processo de negociação, mas cobram uma proposta justa do banco.
“Queremos respeito. O banco tem que valorizar os funcionários a apresentar uma proposta que atenda às reivindicações que o movimento sindical colheu na consulta junto aos bancários”, conclui Marcos.