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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os empregados da Caixa Econômica Federal retardaram a abertura de três agências da Tijuca, Zona Norte do Rio, na última quarta-feira, dia 5 de fevereiro, em protesto contra a reestruturação imposta pela diretoria da empresa: Tijuca e Saens Peña (ambas na principal praça do bairro) e Barão de Mesquita. Na parte da tarde, os sindicalistas realizaram uma reunião com os funcionários da Regional Rio Norte, uma das áreas que vão ser extintas pelo banco. A atividade faz parte de uma mobilização nacional. Os trabalhadores estão indignados com a forma arbitrária com que as mudanças estão sendo feitas nas empresa e todos muito preocupados sem saber para onde serão transferidos.
“A Caixa desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho, não negocia com as entidades sindicais e traz insegurança e preocupação aos trabalhadores porque a reestruturação é feita de forma unilateral e sem nenhuma transparência, com total falta de informação”, critica o diretor do Sindicato Sérgio Amorim, que participou da atividade, considerada um “esquenta” para o Dia Nacional de Luta, marcado para a próxima quinta-feira, dia 13.
Prejuízos para a sociedade
O movimento sindical repudia o “fatiamento” da Caixa e denunciam que as mudanças fazem parte do projeto privatista do ministro da Economia Paulo Guedes.
“Sempre que um governo anuncia reestruturação numa estatal o resultado é precarização das condições de trabalho, descomissionamentos, fim de postos de trabalho e aumento da pressão e da sobrecarga. Não aceitamos o fatiamento da empresa porque isto faz parte do projeto do governo de privatizar os bancos públicos. Vamos denunciar à opinião pública este ataque do governo contra a Caixa. A sociedade precisa entender que está em risco o papel social do banco”, acrescenta Amorim.
Além da mobilização nas unidades da empresa, os sindicatos iniciaram uma campanha nas redes sociais utilizando as hastags #SomosMuitasCaixas, #ACaixaéTodaSua e #EsquentaparaoDia13.
“Não são apenas os funcionários que sofrem prejuízos com a privatização de instituições fundamentais do setor público. Toda a sociedade perde, pois as empresas privadas jamais vão desemprenhar a função social das estatais. Empresários e banqueiros só querem a fatia lucrativa e especulativa dos bancos públicos”, completa Serginho.