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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro faz 90 anos neste dia 17 de janeiro. São nove décadas de lutas por direitos específicos da categoria, mas também sempre à frente das grandes mobilizações da sociedade contra a ditadura, pela democracia e por justiça social (sobretudo pelo fim da miséria e por distribuição de renda). E continua essa luta, agora combatendo o projeto político antipopular de Jair Bolsonaro. De extrema-direita, submisso ao governo Donald Trump, dos Estados Unidos, age de forma autoritária contra os movimentos sociais, a população mais pobre, os indígenas, negros, mulheres, defende a volta da ditadura, da tortura, da censura, incentiva queimadas na floresta Amazônica e a violência como forma de resolver os problemas sociais, e ainda suspeito de ligação com a milícia.
Um dos símbolos da luta pela democracia é Aluizio Palhano, presidente do Sindicato, preso, torturado no Doi-Codi de São Paulo. Desaparecido, sua ossada foi encontrado em 2018, no cemitério de Perus em São Paulo (Página 4).
País desigual
O Brasil é o segundo país com maior concentração de renda do mundo, ficando apenas atrás do Catar, segundo Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) da Organização das Nações Unidas (ONU). E isso se deve à série de governos autoritários – como os da ditadura de 1964 a 1985 e os conservadores eleitos, como os de Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso (Michel Temer, que assumiu após o golpe que derrubou Dilma Roussef) e o atual de Jair Bolsonaro, todos subordinados ao capital internacional. Justamente por isto, os projetos são semelhantes e têm como princípio beneficiar os ricos, atacando os direitos dos trabalhadores, principalmente previdenciários e trabalhistas, entregando estatais a preço de banana, sucateando serviços públicos e agindo de forma truculenta contra direitos democráticos.