Segunda, 15 Janeiro 2018 00:00

Temer aprofunda recessão econômica e nem mercado acredita no governo

O receituário econômico do governo Michel Temer e de seu ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, não é novo: foi aplicado durante os governos Collor e Fernando Henrique Cardoso. Retirada de direitos trabalhistas, corte nos investimentos sociais e redução da presença do estado na economia fazem parte da política neoliberal em todo o mundo. Mas em governo algum na história do Brasil as medidas foram tão duras e implementadas de forma tão rápidas, sem ouvir a sociedade, como na atual gestão.
Apesar de todos os ataques aos direitos do trabalhador para bajular o mercado internacional - através da reforma trabalhista e do teto que congela os gastos públicos por 20 anos, aprovados no ano passado e da tentativa de aprovar em 2018 a reforma da Previdência – nem mesmo os investidores estrangeiros confiam no atual governo. O rebaixamento do país na agência de classificação de riscos Standard & Poor’s anunciada na quinta-feira (11), mostra a mediocridade dos condutores da economia. Não há como negar também que as agências pressionam Temer para que ele cumpra seu papel sujo em aprofundar as chamadas “reformas”. Um dos argumentos da S&P é de que o “governo Temer fez progressos menores que o esperado” e não conseguiu aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017, acrescentando ainda o quadro de incertezas políticas do país”. Ou seja, apesar de todo esforço para ser o mais impopular governo da história, Temer é ruim até para agradar e atender aos financiadores do golpe que o levaram ao poder.

Mídia