Terça, 09 Janeiro 2018 00:00

Justiça suspende posse da nova ministra do Trabalho de Temer

A posse e nomeação da nova ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), causou indignação e revolta nas ruas e redes sociais. Finalmente, a Justiça Federal do Rio suspendeu, na última segunda-feira, dia 8, a decisão do governo, impedindo que a filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson, tomasse posse no cargo. Em caráter liminar, a decisão foi dada pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4º Vara Federal Criminal, de Niterói, atendendo a uma ação popular motivada pela condenação de Cristiane por dívidas trabalhistas. A posse está, inicialmente, marcada para as 15h desta terça-feira, dia 9, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em recurso apresentado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), a Advocacia-Geral da União (AGU) usou um argumento absurdo; o de que a Justiça não pode interferir na posse da ministra, pois isto gera “interferência do Judiciário em uma função que compete ao presidente da República”.

“Partindo dessa premissa, o Temer poderia indicar o Fernandinho Beira-Mar Ministro da Justiça”, debochou o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes.
Cristiane foi processada e condenada a pagar indenização a ex-funcionários que trabalharam, conforme reconhecido pelo Judiciário, como motoristas dela.
Eles não tiveram direitos trabalhistas respeitados, como carteira assinada e controle de jornada, que chegavam a 15 horas por dia. Em um dos casos a ministra fechou um acordo para reconhecer o vínculo e pagar R$ 14 mil ao chofer. Em outro, foi obrigada a pagar R$ 60 mil ao motorista.

Como se não bastassem a condenação, uma matéria publicada em O Globo revelou que a nova indicada de Temer pagou uma das indenizações trabalhistas, com o salário de uma de suas funcionárias de seu gabinete, na Câmara dos Deputados.

Mídia