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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Trabalhadoras marcharam em direção ao Congresso Nacional reivindicando soberania, democracia, justiça, igualdade e o fim da violência de gênero
Lideradas por trabalhadoras rurais que se concentravam desde o início da manhã, em Brasília, cerca de 100 mil mulheres participaram da 6ª Marcha das Margaridas, em direção ao Congresso Nacional. A manifestação, organizada a cada quatro anos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), que coloriu a esplanada dos ministérios e trouxe uma luz de esperança diante da obscura conjuntura política, social e econômica do país, trouxe este ano o lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”.
“Quando alguma coisa é danosa ao Brasil, é muito danosa para as mulheres, que são a maioria da população. Essas mulheres que estão sendo massacradas todos dias estão demonstrando que não aceitam mais a crueldade e a negligência desse governo”, disse a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
O evento teve a participação inédita de delegações de 27 países, além de representantes de todas as unidades federativas do Brasil. Manifestações ocorreram também em outras regiões do país.
A origem do nome
A tradicional marcha recebe este nome em homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoana Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Apesar da repercussão internacional do caso, os responsáveis pela morte da agricultora nunca foram punidos, mesmo tendo sido denunciado à Comissão Interamericana de Direitos. Pela primeira vez, o protesto contou com a participação de mulheres indígenas de diferentes etnias.