EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O percentual de brasileiros sem emprego há dois anos aumentou em 42,4% atingindo 3,3 milhões de pessoas. A criação da Reforma Trabalhista sancionada por Michel Temer, em julho de 2017, que tinha como principal argumento o combate ao desemprego, contradiz os resultados obtidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nesta terça-feira.
A pesquisa aponta que as mulheres (28,8%) sofreram mais que os homens (20,3%) com o desemprego. O resultado obtido também expõe as dificuldades das pessoas com mais de 40 anos para conseguirem voltar ao mercado de trabalho.
Os trabalhos temporários e parciais representam 15,5% dos postos de empregos abertos com carteira assinada durante o período da Reforma Trabalhista. Das 507.140 vagas abertas desde novembro de 2017, quando a lei entrou em vigor, até abril de 2019, 63% dos homens ficaram com as vagas temporárias, enquanto as mulheres ocuparam a maior taxa de empregos parciais, com 60,7%.
Esse percentual elevado demonstra que a alternativa de grande parte da população brasileira está desempregada ou buscou empregos informais, por conta própria. Durante esse período o Brasil subiu apenas no ranking mundial criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o 4º país no mundo em que mais acontecem acidentes durante o serviço.