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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A greve de 24 horas dos profissionais da educação e estudantes de instituições públicas e privadas de ensino, na última quarta-feira, 15 de maio, foi marcada por protestos que tomaram as ruas de todo o país. Diversas categorias, como bancários, petroleiros, metalúrgicos, servidores da saúde e de vários outros setores aderiram ao movimento contra o corte de 35% decretado pelo governo Bolsonaro que afetam diretamente a educação pública. Os manifestantes protestaram também contra a reforma da Previdência Social.
O dia 15 de maio entra para história e motiva ainda mais os trabalhadores para a greve geral marcada pra o dia 14 de junho deste ano.
A resposta da juventude
Como nas manifestações de junho de 2013, a juventude esteve à frente dos protestos. Além de estudantes de escolas e universidades, um grande número de estudantes do ensino particular, inclusive de classe média alta, participaram dos atos públicos contra o corte de verbas na educação.
No Rio de Janeiro, mais de 250 mil pessoas participaram da passeata, da Candelária à Central do Brasil. A mobilização nacional foi uma resposta das ruas não somente contra a medida do governo em retaliação às universidades e escolas públicas, mas às últimas declarações do presidente do país, Jair Bolsonaro, que parece ter atiçado a juventude ao afirmar que os estudantes que protestam contra os cortes na educação são “idiotas úteis” e “massa de manobra”. A declaração de Bolsonaro lembrou quando o ex-presidente Fernando Collor pediu para o povo vestir verde e amarelo contra o seu próprio impeachment, o que teve um efeito contrário e mudou a história. Foi mais um tiro no pé de um governo submisso aos interesses do mercado, dos bancos e do capital estrangeiro, mas que está sem rumo, sem liderança política e que tem como guru o transloucado astrólogo, Olavo de Carvalho, dublê de acadêmico que mora nos EUA.