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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Comando Nacional dos Financiários (Contraf-CUT, federações e sindicatos) rejeitou a proposta de incluir na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, a ser negociada este ano, o trabalho também nos fins de semana. A proposição foi apresentada em negociação no último dia 15, em São Paulo, pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito de Financiamento e Investimento (Fenacrefi). O encontro foi marcado para debater jornada de trabalho e enquadramento sindical de trabalhadores em serviços de crédito e financiamentos de estabelecimentos comerciais.
Diante do impasse ficou definido que a Fenacrefi vai elaborar uma proposta a ser enviada ao Comando em relação ao assunto. Foi agendada nova reunião para daqui a um mês sobre o tema.
Rejeição total
Para o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes, integrante do Comando, não se pode abrir mão do direito conquistado há décadas: a jornada de trabalho de 30 horas semanais, com seis horas por dia. A alegação apresentada pelo presidente da Fenacrefi, Domingos Spina, é a de que os trabalhadores de lojas como a Rener, Leader, Riachuelo, Casas Bahia e Pernambucanas – que possuem serviço de crédito ao consumidor – quando são demitidos entram com ações reivindicando o pagamento dos sábados, domingos e feriados com base na CCT dos financiários. A cláusula proposta seria para evitar essa cobrança judicial.
Para o diretor do Sindicato a solução seria o enquadramento sindical desses trabalhadores. “O correto, já que estamos discutindo enquadramento sindical e jornada de trabalho seria garantir às pessoas que trabalham nas financeiras desses estabelecimentos os mesmos direitos dos financiários e não retirar deles a possibilidade de reinvidicá-los judicialmente”, argumentou Sérgio. Para o dirigente admitir cláusula de trabalho nos fins de semana abre um precedente perigoso para toda a categoria.