É que o Saúde Caixa, plano de assistência médica dos funcionários, não dá direito a ambulância. Muitos trabalhadores da empresa não sabiam deste problema, pois somente em fevereiro deste ano a direção do banco informou sobre o assunto em seu normativo.
"A Caixa bate recorde de lucro, e o nosso plano de saúde teve um superávit de R$84,7 milhões, o que não justifica esta deficiência em casos de emergência. Trata-se, na verdade, de mais um exemplo de desrespeito e desumanidade da direção do banco com seus empregados", critica o diretor do Sindicato Paulo Matileti. O sindicalista lembra ainda que, do total do superávit, mais de R$25 milhões são pagos pelos trabalhadores, ficando o restante a cargo da empresa.
Matileti percorreu agências e, em uma das unidades com problema no aparelho de ar-condicionado, uma funcionária passou mal e não sabia que o Saúde não disponibilizava ambulância. Com a demora do veículo da Samu, um colega teve de levar, às pressas, a companheira para um hospital.
"Vi de perto o drama dos empregados no momento em que mais precisam de um tratamento emergencial, correndo, inclusive, risco de morte. Isto sem falar na situação dos aposentados, que deram sua vida pela empresa e que são os que mais necessitam de atenção médica, mas são tratados com desprezo pela Caixa", acrescenta.