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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Na sexta-feira (17), bancários do Rio se reuniram para um ato em frente à agência 123 do Itaú Unibanco, na avenida Rio Branco. A atividade começou às 11h. Os sindicalistas cobraram aumento real de salários, melhorias nas condições de trabalho, fim das demissões e do assédio moral. Enquanto a categoria protestava no centro da cidade, mais uma rodada de negociação com a Fenabana acontecia em São Paulo, na qual os bancos frustraram os trabalhadores, ao não apresentarem nada na mesa.
O protesto começou com uma apresentação da banda “Furiosa dos bancários”, que ao som de marchinhas e sambas que criticaram à atitude intransigente dos bancos e a exploração imposto aos bancários,
“Esse ato é em defesa dos direitos dos trabalhadores. Os empresários e banqueiros vêem a gente como números e não como pessoas. Nesse país quem manda são os bancos, e quanto mais eles lucram, mais demissões ocorrem, deixando milhares de famílias desempregadas”, critica o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti.
Bancos ganham sempre
Os bancos têm lucrado cada vez mais, como nos resultados dos últimos meses, apesar do Brasil viver um colapso financeiro que atinge vários setores da economia. No segundo trimestre de 2018, 27,6 milhões de brasileiros estão sem emprego. Já os bancos, mesmo com resultados extraordinários, não melhoram as condições de trabalho dos funcionários e demitem em massa. Para o diretor do Sindicato, José Ferreira, isso é um quesito que deve ser questionado. “Eles não atendem nossas reivindicações. Estão preocupados em vender produtos, estabelecendo metas abusivas, principalmente aos caixas. Nós estamos vendo os bancos concentrarem suas preocupações com os resultados e esquecerem dos clientes, dos bancários e da sociedade”, afirma.
Os manifestantes ressaltaram a importância da unidade nacional da categoria. “Essa atividade ocorre em todo o país. Os banqueiros já colocaram uma série de dificuldades na mesa de negociação independente de seus lucros obtidos. Para eles não importa essa crise, porque seus lucros não diminuem”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção. Os bancários disseram ainda que, caso a Fenaban não apresente uma proposta decente na terça (21), não está descartada a possibilidade de greve.