Sexta, 17 Agosto 2018 21:44

Com poucos avanços e ameaça das GDPs, mesa do BB continuará no dia 21

Legenda: Rita Mota (segunda, à direita), disse que é fundamental os funcionários manterem, junto com toda a categoria, a mobilização para avançar nas negociações Legenda: Rita Mota (segunda, à direita), disse que é fundamental os funcionários manterem, junto com toda a categoria, a mobilização para avançar nas negociações

O Banco do Brasil reafirmou, na sexta-feira (17), na reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do banco, a manutenção da maioria das cláusulas do acordo que não têm relação com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mas apresentou uma redação de algumas cláusulas discutidas para modificação. Dentre elas, está a cláusula de descomissionamento por desempenho, na qual o banco apresentou proposta de redução dos ciclos avaliatórios.
A Comissão de Empresa informou ao banco que o acordo de quatro anos e a redução dos direitos dos trabalhadores foi rejeitada nas assembleias, realizadas no dia 8 de agosto, e que a mesa tem disposição de continuar a negociação até que se chegue em um acordo ou uma definição clara de impasse.
O banco se comprometeu a apresentar ainda a redação sobre os itens que tratam de banco de horas e do intervalo de almoço, que estão sendo discutidos também na mesa única com a Fenaban.
Cláusulas ameaçadas
Para o coordenador da Comissão de Empresa, Wagner Nascimento, ainda existem muitos direitos a serem garantidos pelo BB. “A negociação, até o momento, tem rendido a manutenção da maioria das cláusulas do acordo coletivo. Contudo, ainda temos muitos direitos a serem garantidos pelo banco. Entre as cláusulas ameaçadas de saírem do acordo está a das três avaliações. Tanto nas visitas na base, quanto nas assembleias ficou evidente que os bancários temem a retirada dessa cláusula pela forte ameaça de descomissionamento e perda do seu cargo. Esperamos que na próxima semana, de fato, tenhamos uma definição clara de fechamento de acordo”
Períodos de avaliação 
A diretora do Sindicato Rita Mota, representante do Rio de Janeiro e Espírito Santo na comissão de empresa do BB destaca que a ameaça do Banco de reduzir de três para dois os períodos de avaliação das GDPs tem deixado os funcionários muito apreensivos. Rita lembra que mesmo atualmente a GDP não tem sido feita de acordo com as premissas estabelecidas pelo próprio banco como ferramentas de desenvolvimento funcional, na verdade os gestores fazem delas instrumentos de ameaça, assédio moral e caminho para o descomissionamento. “Não podemos aceitar. É muito importante manter a mobilização, participar das assembleias, das atividades, estar pronto para a luta!” alerta Rita Mota.

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