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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Caixa Econômica Federal apresentou evoluções muito sutis na sexta negociação específica realizada na sexta-feira, 17, e, São Paulo, mas as propostas são consideradas pela Comissão de Empresa dos Empregados (CEE), ainda insatisfatórias.
“Há muito tempo não assistimos a uma postura tão dura da direção da Caixa, o que reflete as diretrizes do governo Temer. As pequenas melhorias apresentadas nesta negociação são reflexos da grande presença dos empregados nas assembleias e nas manifestações, como a realizada em Brasília em defesa dos sistemas de saúde dos trabalhadores dos bancos públicos”, avalia o diretor da Federação dos Bancários RJ/ES, Ricardo Maggi.
Cláusulas específicas
Na negociação anterior, realizada no dia 7 de agosto, a direção da empresa havia sinalizado que renovaria apenas 28 das 66 cláusulas do acordo específico. A proposta inicial implodiria de vez as conquistas históricas dos empregados. Na reunião desta sexta, o banco já admitiu que não pretende necessariamente extinguir os demais 38 itens. Algumas cláusulas sofreriam alterações ou adequações, mas outras poderão ser extintas.
“Nossa posição é bem clara: nenhum direito a menos”, afirma Maggi.
Nas cláusulas 18,19 e 20, a Caixa quer promover alterações. Na isenção das tarifas, como as de conta corrente, a proposta é criar uma cesta de serviços para os empregados, que inclui isenção dos TEDs (Transferências Eletrônicas de Diretas), que atualmente é pago.
O reafirmou ainda que vai seguir os índices das Fenaban, para as clásulas econômicas.
Um avanço importante foi em relação a PLR, pois a Caixa informou que conseguiu vencer o limitador da Participação nos Lucros e que neste item também irá seguir a proposta da Fenaban. Entretanto, a preservação da PLR Social é ainda uma incógnita.
Saúde Caixa
Em relação ao Saúde Caixa, o banco reafirmou que tem “limitações” em função das resoluções 22 e 23 do CGPA (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) e a legislação atual. O banco garante o modelo atual do Saúde Caixa para quem está na ativa e para quem atualmente está apósentado, até 2021, mas não deixa claro como se dá o custeio e as demais garantias.
“Na próxima quarta-feira, dia 22, temos o Dia Nacional de Lutas mesmo dia da próxima negociação específica. Só com unidade e participação, vamos garantir avanços nas negociações específicas e com a Fenaban e continuar resistindo aos ataques do banco e do governo”, destaca Maggi.