EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Expectativa é de que reunião do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban se estenda até os bancos apresentarem uma proposta decente
A Fenaban não trouxe nenhuma proposta para a mesa de negociação da última sexta-feira, dia 17. Os bancos estão desde o dia 13 de junho com a pauta de reivindicações da categoria. A negociação continuará nesta terça-feira, 21. Os banqueiros se comprometeram a mandar a proposta redigida na segunda-feira 20, para que o Comando Nacional dos Bancários tenha tempo de avaliar e poder debater, na terça, a proposta.
“Foi uma decepção a Fenaban não apresentar anda na última mesa, do dia 17. Só depende dos bancos, apresentarem uma proposição justa, para não levar a categoria à greve”, explica Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato. A atual proposta, apresentada no dia 7 de agosto, é considerada insuficiente pelo movimento sindical e foi rejeitada nacionalmente pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país, no dia 8.
Os bancos não têm justifica para não atender as reivindicações da categoria.
Em 2017, os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa), lucraram juntos R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, eles já faturaram R$ 20,3 bilhões, 18,7% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Numa crise profunda de desemprego e com empresas do setor produtivo pedindo concordata, o sistema financeiro segue lucrando. De 26 setores avaliados pela consultoria Economatica, seis tiveram prejuízo. E o mais lucrativo foi, mais uma vez, o bancário, que fechou o segundo trimestre de 2018 com R$ 17,6 bilhões contra R$ 15,2 bilhões em 2017, crescimento de 15,57% (R$ 2,37 bilhões).