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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os maiores bancos privados do Brasil são controlados por apenas 6 famílias. Essa concentração no poder é equivalente à um lucro de R$ 53,9 bilhões no ano passado, totalizando um crescimento de 10% no ano em que a economia brasileira cresceu apenas 1%.
O maior banco do país, Itaú Unibanco, é controlado pelas famílias Setúbal, Vilella e Moreira Salles. Estes são responsáveis pelo crescimento de 10,7% do banco, terminando 2017 com lucro de R$ 24,9 bilhões.
Já o Bradesco, têm como acionista Denise Aguiar Alvarez, neta do fundador do banco, Amador Aguiar. Com o crescimento de 11,9% em relação à 2016, o banco encerrou ano passado com R$ 14,65 bilhões de lucro.
Responsável pela maior expansão do ano passado, equivalente à 44,5% do crescimento, o maior banco espanhol, Santander, controlado por Ana Botin, somou R$ 7,9 bilhões de lucro em 2017.
Por fim, o banco Safra, controlado por um dos brasileiros mais ricos do mundo, Joseph Safra, teve como crescimento 13%, somando o lucro de R$ 1,9 bilhão.
Estes bancos são responsáveis por 75% dos empréstimos realizados no Brasil, e segundo dados do Banco Central, os juros impostos nesses empréstimos tiraram o sono de inúmeras famílias brasileiras, aumentando significativamente a quantidade de endividados. Por exemplo, a taxa média de juros no Brasil encerrou 2017 com 31,9%, enquanto a média internacional de inflação representava apenas 2,9%.
Financiadoras participam diretamente no crescimento de juros abusivos o país. A Crefisa, por exemplo, campeã em anúncios de mídia e patrocinadora do Palmeiras, têm a terceira maior média de taxa de juros no Brasil, crescendo 708,73%.
Os lucros dos bancos são engordados em mais R$ 27 bilhões, por causa das arrecadações de tarifas bancárias e taxas de administração cobradas (fundos de renda fixa, fundos de ações, pensões e previdência).
Fonte: Jornal do Brasil