Terça, 21 Agosto 2018 22:01

MAIS TEMPO NO TRAJETO - Itaú transfere funcionários, sem critério, para agências mais distantes das residências

Bancários são obrigados a fazer baldeações e perdem muito tempo no  transporte público

Os bancários do Itaú Unibanco estão sofrendo com uma atitude que se tornou comum dentro de algumas gestões da instituição financeira: a transferência de seus funcionários para outras agências, em grande parte das vezes, para lugares mais distantes. Na maioria dos casos, os empregados transferidos são aqueles que estão na pré-aposentadoria e os trabalhadores vítimas de doença ocupacional e que retornam do período de licença do INSS.
Os funcionários reclamam que não há qualquer critério que justifique as mudanças, que tornam o empregado mais vulnerável em meio às condições ruins do transporte público, obrigando-os a fazer baldeações e passarem mais horas do dia no deslocamento entre casa e trabalho.
“Em sua jornada de trabalho o bancário já sofre uma carga alta de pressão, fruto das práticas arbitrárias do banco, que agora decidiu transferir os bancários para agências mais distantes. Tem funcionário que mora em São Gonçalo, trabalhava no Centro, e sem qualquer justificativa, foi transferido para a Tijuca”, afirma o diretor do Sindicato, Adriano Campos.
Mudanças indevidas
Como se não bastassem o assédio moral e a pressão por metas, o que tornam o trabalho exaustivo, agora os funcionários do Itaú passaram a ser alvos dessas transferências indevidas, que prejudicam o funcionário, que passa cada vez mais tempo na rua e tendo que planejar novos trajetos por causa da mudança no local de trabalho.
“Estamos entrando em contato com o banco para tornar melhor a distribuição das unidades de trabalho do bancário, levando em consideração a distância do percurso de sua residência para a agência. O empregado que se sentir prejudicado deve procurar o Sindicato para cobrarmos do banco uma solução”, acrescenta Adriano.

Mídia