Quarta, 22 Agosto 2018 17:09

Empregados da Caixa não abrem mão de PLR Social, Saúde Caixa e ACT

Ricardo Maggi (D) durante a sétima rodada de negociação com a Caixa, em São Paulo.  Uma nova reunião está marcada para esta quinta (23), após a mesa da Fenaban Ricardo Maggi (D) durante a sétima rodada de negociação com a Caixa, em São Paulo. Uma nova reunião está marcada para esta quinta (23), após a mesa da Fenaban

Os empregados da Caixa Econômica Federal cobraram diversos itens da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), enviada pelo banco no início desta semana. Na sétima rodada de negociação específica, na quarta-feira (22), em São Paulo, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e o Comando Nacional dos Bancários defenderam a manutenção dos direitos previstos no ACT, cobraram a garantia do Saúde Caixa e da PLR Social. Os funcionários defendem ainda um aumento real de salário e das demais verbas, item negociado na mesa da Fenaban. A proposta de acordo de dois anos com 0,5% de ganho real foi rejeitada.

“Precisamos buscar uma solução para os impasses na negociação, mas parece que o banco já deu uma recuada e sinaliza que vai definir uma proposta na negociação amanhã, após a mesa da Fenaban ou, no máximo sexta-feira. A mudança de postura do banco é fruto da forte presença dos empregados nas assembleias e atividades em todo o país”, avalia o diretor da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf RJ/ES), Ricardo Maggi.

A próxima reunião com a direção da Caixa será após a mesa única de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, marcada para esta quinta-feira (22), às 10h, em São Paulo.

 

Impasses e retrocessos na proposta

 

Saúde Caixa - Na cláusula 32, o Saúde Caixa passa a ser chamado de assistência saúde. A empresa quer aplicar as normas da ANS (Agência Nacional de Saúde) e a reorientação da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). A ideia é resguardar apenas empregados ativos e os respectivos dependentes. Quanto aos aposentados, só garantirá assistência para os aposentados que se desligaram da Caixa até a data de início da vigência do futuro acordo. O banco não garante qualquer formato do custeio do Saúde Caixa hoje existentes e pode alterar tais previsões a qualquer momento, assim que retirar do Acordo Coletivo de Trabalho.

 

Trabalho noturno - Entre os problemas da proposta da Caixa, está a exclusão da jornada mista, que é o pagamento do adicional noturno quando o trabalho iniciado após as 22h se estende durante o dia. Quando isso ocorre o ACT16/18 assegura o pagamento do adicional noturno, mesmo nas horas de trabalho efetuadas após as 7h. O banco quer extinguir o pagamento do adicional após às 7h, quando a jornada de trabalho inicia de madrugada.

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