Segunda, 28 Janeiro 2019 19:59

Intensificação de ameaças de morte levam Jean Wyllys para o exílio

Uma notícia surpreendeu o país no último dia 25. A intensificação das ameaças de morte após o assassinato da vereadora Marielle Franco, levou o deputado Jean Wyllys (ambos do PSOL), a anunciar que não assumirá o seu terceiro mandato como deputado federal. O parlamentar já se encontra fora do país, onde permanecerá num autoexílio como forma de proteger a sua vida e da sua família.
Em 2012, o deputado esteve no Sindicato, participando de um seminário sobre visibilidade LGBT no mundo do trabalho. Na ocasião já se queixava das pressões e ameaças. Para a diretora da Secretaria de Imprensa do Sindicato, Vera Luiza Xavier, trata-se de uma perda muito grande para a sociedade brasileira. “Como cidadã, sinto muito. Mas compreendo a decisão, tomada diante do atual quadro nacional e da necessidade de preservar a sua vida”, avaliou.
Pesou, ainda, em sua decisão de deixar o país, a descoberta de que familiares de um ex-PM suspeito de chefiar milícia investigada pela morte de Marielle trabalharam para o senador Flávio Bolsonaro durante seu mandado como deputado estadual no Rio de Janeiro. Para a CUT de Brasília, se as milícias que assassinaram Marielle estão intimamente vinculadas ao Planalto, o ato de Jean Wyllys é perfeitamente compreensível.

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