Segunda, 21 Janeiro 2019 23:54

Ossada de Palhano é identificada

O então presidente do Sindicato, Aloizio Palhano, discursa em assembleia O então presidente do Sindicato, Aloizio Palhano, discursa em assembleia

No dia 3 de dezembro último, pouco mais de um mês antes do aniversário do Sindicato, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), anunciou a identificação da ossada do ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Aluizio Palhano Pereira Ferreira. Em 1971, o dirigente, então com 49 anos, foi sequestrado por agentes do Doi-Codi. Passou por sessões de tortura, sendo posteriormente assassinado.
O órgão de repressão era comandado pelo então major Carlos Brilhante Ulstra, recentemente homenageado por Jair Bolsonaro como “herói”. A identificação da ossada foi um resgate histórico para que nenhum brasileiro esqueça que o país passou por estes tempos de terror ou deseje o seu retorno. Palhano, militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi uma das mais importantes referências da categoria bancária que deu a própria vida em defesa dos trabalhadores e da democracia.
Cemitério clandestino
Junto com outras ossadas, a de Palhano foi encontrada no Cemitério de Perus, em São Paulo, local que serviu durante os anos da ditadura militar para esconder corpos de militantes de esquerda que lutavam contra o regime. A vala de Perus foi descoberta em 1990, depois de dez anos de investigação, com mais de mil ossadas.

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