EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O mundo do trabalho está em crise. Desregulação, emprego precário, em tempo parcial, sem vínculo formal, com direitos reduzidos e sem garantia nenhuma – essa é uma tendência mundial.
No Brasil, a onda neoliberal foi contida durante os governos de Lula e Dilma. Depois do golpe, entretanto, voltou com tudo. A reforma Trabalhista de Temer desmontou a CLT. O desemprego aumentou. A precarização cresceu.
O movimento sindical também sofre ataques: a base de trabalhadores formais diminui – junto com ela a arrecadação. Foi cortada a receita da contribuição sindical sem contrapartida nem regra de transição – mais prejuízo.
Os bancários do Rio têm sido dos mais prejudicados. Perdemos cinco mil postos de trabalho em 3 anos. O Sindicato perdeu 20% dos seus associados.
Chegamos a um ponto em que apenas a folha de pagamento chegou a aproximadamente 105% da arrecadação com mensalidades, ficou menor que a folha de pagamento. A diretoria propôs planos de desligamento voluntário, que tiveram pouca adesão – até compreensível, dada a crise geral no emprego. Em novembro do ano passado, a Assembleia Geral recomendou um corte de 20% nas despesas administrativas e de pessoal.
A estrutura da entidade está sendo reduzida: fechamos sub-sedes, inclusive a da rua Teófilo Otoni, que está para ser alugada. Alugamos o 16º andar da sede. Baixamos os custos de contratos e as contribuições para o sistema federativo. Vendemos a frota de carros. Economias importantes, mas que não resolvem o déficit.
Era imperativo reduzir as despesas de pessoal – como vimos, apenas esse item orçamentário era maior que a arrecadação. Finalmente no último dia 4 foram feitas demissões. Uma decisão difícil, mas necessária. Um passo decisivo na manutenção do nosso Sindicato – para que ele continue a representar e defender os trabalhadores bancários.