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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Na semana mundial do combate à AIDS, a Secretaria da Saúde organizou um ato nesta quinta-feira (6) por volta das 12h30 em frente à agência do Bradesco, na rua Senador Dantas, esquina com a rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio. A doença, descoberta no final dos anos 70, mata mais de um milhão de pessoas por ano, segundo números estatísticos da Organização Mundial da Saúde.
O Sindicato critica a falta de campanhas nos meios de comunicação e cobraram dos bancos um trabalho de divulgação sobre os riscos e prevenção da doença. Para os sindicalistas, o congelamento de gastos públicos com saúde pelos próximos vinte anos, através da chamada PEC da Morte, instituída pelo governo Temer, coloca em risco o combate à propagação do vírus do HIV.
Para Gilberto Leal, secretário de Saúde do Sindicato, é fundamental combater à AIDS partindo pelo fim do preconceito. “Essa doença é silenciosa, estamos aqui para falar dessa doença que não sumiu. O preconceito deve ser combatido. Todos devem estar cientes dos riscos que a AIDS trás, mas só vamos combate-la de forma eficaz com conhecimento”, ressalta. O ato público contou com uma apresentação da Companhia de Emergência Teatral.
Testes e preservativos
Os cuidados para não adquirir AIDS vão além das relações sexuais desprotegidas. A transmissão da doença também pode estar presente na transfusão de sangue ou no compartilhamento de objetos cortantes. A necessidade de fazer um teste é fundamental, pois mesmo com usos de preservativos a doença pode ser transmitida com um provável rompimento da camisinha durante o ato.
Segundo Kátia Branco, diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato, a AIDS não tem cura, mas o preconceito tem.
“Nós do Sindicato chamamos atenção para esse tipo de situação. Uma pesquisa relata que de 100 pessoas com soro positivo, 95% já foram vítimas de discriminação por serem portadoras da doença”, destaca.
Os investimentos realizados no Brasil especialmente na primeira década dos anos 2000 fizeram diminuir a quantidade de mortes causadas pelo vírus em 16,5% no ano passado, segundo dados do Ministério Público, enquanto o número de vítimas da doença que recuou de 21,7 por 100 mil habitantes para 18,3.