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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Desde o último dia 25, está em curso o movimento “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. A campanha é mundial, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), vai até 10 de dezembro, com manifestações e debates, dos quais o Sindicato participa.
O Dia 25 foi escolhido para dar início à campanha por ser o Dia Internacional para a Não-Violência Contra a Mulher. Tanto a data, quanto a campanha, têm como objetivo alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos. Segundo as estatísticas uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica. A violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública, não distingue cor, classe econômica ou social, e está presente em todo o mundo.
Para Kátia Branco, diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato, superar a violência não pode ser apenas uma palavra de ordem, pois antes de tudo, é uma luta pela sobrevivência. “A mão que faz um carinho, que toca uma música e faz um pão é a mesma que aciona um gatilho, fere e mata com uma faca ou desfere um soco. É um gesto de violência capaz de silenciar a vida ou marcar para sempre uma mulher”, afirmou.
Problema estrutural
A violência de gênero tornou-se um problema estrutural que afeta as mulheres aumentando a subordinação ao gênero masculino. Origina-se na falta de igualdade das relações entre homens e mulheres em diferentes âmbitos e a discriminação persistente para as mulheres. Trata-se de um problema social presente tanto no âmbito doméstico quanto no público em diferentes vertentes: física, sexual, psicológica, econômica, cultural e afetam as mulheres desde o nascimento até a idade avançada. Não está confinada a uma cultura, região ou país específico, nem a grupos particulares de mulheres na sociedade.
A forma mais comum de violência experimentada por mulheres a nível mundial é a violência física infringida por um casal íntimo, incluindo mulheres golpeadas, obrigadas a ter relações sexuais ou abusadas de alguma outra maneira. Entre as formas cotidianas de violência contra as mulheres – denuncia a ONU – encontra-se também o tráfico de mulheres, a mutilação genital feminina, o assassinato por causa de dote, homicídio por honra, a violência sexual nos conflitos armados, entre outras.