Quarta, 23 Agosto 2017 00:00

CUT dá início à organização da luta contra novas regras trabalhistas

Organizar os trabalhadores para resistir à implantação das novas regras instituídas pela reforma trabalhista, prevista para novembro, foi um dos principais objetivos do seminário da CUT do Rio de Janeiro. O encontro reuniu, nesta quinta-feira (23/8), dirigentes de diversos sindicatos filiados à central no estado, entre eles o dos Bancários do Rio de Janeiro.
O seminário, realizado no auditório do Sindicato, contou com a presença de juízes e procuradores do Trabalho, advogados e dirigentes da CUT Nacional e da CUT Rio. A participação de magistrados e membros do Ministério Público do Trabalho se deveu ao engessamento da Justiça do Trabalho provocado pela reforma, que está sendo classificado como o fim da Justiça do Trabalho. Organizaram o seminário, o secretário de Relações do Trabalho da CUT Rio, Gentil Ramos, e a diretora da CUT Nacional, Virgínia Berriel.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, mais uma vez lembrou que é necessário e um grande desafio levar para a sociedade o debate das consequências da reforma trabalhista. “As pessoas não se deram conta, ainda, do que está por vir. Se soubessem, estariam nas ruas lutando pelos seus direitos”, constatou. Acrescentou ser necessário unidade entre os trabalhadores contra a implantação das novas regras. E completou: “Com esse governo, não tem papo, tem que ter luta”.
Estado de exceção
Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT Nacional, lembrou que neste fim de semana estará acontecendo o Congresso Nacional da central sindical e que uma das resoluções a ser aprovada deve ser exatamente a respeito da organização de uma luta nacional contra a implantação das novas regras trabalhistas e a aprovação da reforma previdenciária. “Não podemos esperar que entrem em vigor e que os trabalhadores sintam na pele os seus efeitos para então iniciar a luta. Temos que, desde já, preparar a resistência às mudanças, com a organização de mobilizações em todo o país a partir de novembro”, adiantou.
Avaliou que vivemos num Estado de exceção desde o golpe que derrubou Dilma Roussef da Presidência, ano passado. “Isto tem que ser repassado para as categorias. Estamos num Estado de exceção, por isto mesmo, como no golpe de 1964, com um governo que pode tudo, e que, só por isto foi capaz de aprovar a mais agressiva retirada de direitos trabalhista já feita por um país”, analisou.

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