Segunda, 28 Agosto 2017 00:00

Dia de Luta. Dia de União.

O nosso dia nasceu na luta. Reunidos no V Congresso Nacional dos Bancários, em 1953, em São Paulo, a categoria aprovou o dia 28 de agosto como o Dia Nacional do Bancário, em homenagem a heroica greve de 69 dias.
Em uma grande assembleia no dia 28 de agosto de 1951, quando os bancários de São Paulo decretaram greve após recusarem contraproposta dos banqueiros, foi instituído o Dia dos Bancários.
O tempo passou e muitas coisas aconteceram nesse período. Revisitar a história nos dá inúmeros motivos de orgulho da nossa categoria e da trajetória do nosso Sindicato. Como não valorizar o fato de sermos a única categoria que possui um acordo nacional conquistado com luta e perseverança? Ao longo desse tempo alcançamos a jornada de seis horas, tíquete alimentação e refeição, auxílio creche/babá, auxílio educação e médico, ampliação da licença maternidade e, mais recentemente, da paternidade.
São numerosos os direitos conquistados que exigiram muita determinação. Sim, foi com luta permanente que a história foi escrita e que conseguimos preservar o que foi conquistado. Ex-presidentes do nosso Sindicato enfrentaram a ditadura, quando foram torturados. Aluizio Palhano, por exemplo, foi assassinado e seu corpo nunca apareceu. Esses acontecimentos não podem ser em vão.
A batalha segue firme até hoje, quando vemos bater às nossas portas um regime direitista, voltado somente para o interesse do capital. O trabalhador se tornou moeda de troca nas mãos de um governo ilegítimo que destrói os direitos trabalhistas, para beneficiar os empresários e banqueiros. Não podemos ficar de braços cruzados.
O acordo bianual é uma vitória nesse quadro político/econômico que vivemos. Garantimos direitos, que estão sendo ampliados, como foi o caso da requalificação e realocação e do reajuste salarial. Conquistas que não podem ser desprezadas neste cenário de ameaças constantes. Desmonte de bancos públicos, privatizações, automação dos serviços, estão na pauta do governo e dos banqueiros.
Nossa categoria, fortalecida e unida, pode sim mostrar a sua força. Trabalhamos com o capital, mas somos humanos, exigimos respeito e merecemos porque somos trabalhadores.
Não fugimos à luta. E é com essa determinação que chamo a categoria para se unir cada vez mais e defender, com garra, os direitos que conquistamos ao longo de nossa história.
Viva a bancária, viva o bancário! Viva o nosso dia!

Adriana Nalesso
Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio

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