Na segunda-feira (28), durante a posse dos delegados sindicais do Banco do Brasil e da Caixa, houve um movimentado debate sobre a atual conjuntura nacional e seus reflexos na vida da classe trabalhadora.
A começar pelos impactos da reforma trabalhista, a cargo do desembargador do TRT/RJ, Mário Sérgio Medeiros, que falou na parte da manhã, as discussões se desenvolveram em torno das perdas causadas pelos sucessivos golpes do governo Temer e do reacionário Congresso Nacional.
A defesa do papel dos bancos públicos coube a conselheira eleita da Caixa, Rita Serrano que destacou a importância da atuação dos trabalhadores bancários para impedir os retrocessos na democracia brasileira para garantir direitos sociais e trabalhistas. Sobre a possibilidade de privatização da Caixa, Rita advertiu que o risco é real, tanto pela abertura do capital (PLS 555, suspenso pela luta dos trabalhadores), ou pela venda fatiada de ativos, privatização de operações e terceirizações.
Ao representante do Banco do Brasil, Fabiano Félix (Caref) foram dirigidas diversas perguntas específicas, que ele respondeu ao final do debate. Fabiano elogiou a iniciativa do Sindicato em promover “discussões de alto nível”, para ele um difusor de história e ideias.
O vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES (Afbndes), Arthur Koblitz elogiou a negociação do acordo de 2016 (bianual). “foi uma iniciativa inteligente dos sindicatos. Para nós no BNDES, então, está nos permitindo tocar nossa luta – contra a MP 777 sobre a TJLP, a devolução à União de R$100 bi destinados a investimentos e a luta contra a criminalização de funcionários pelo TCU”, disse.
Os economistas do Dieese, Ademar Mineiro e Fernando Amorim, fecharam o dia com uma análise macroeconômica da conjuntura nacional e internacional.