Quarta, 19 Setembro 2018 20:53

CAMPANHA SALARIAL - Fenacrefi apresenta proposta de CCT

Manutenção de todas as cláusulas da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos financiários, com duração de dois anos; e reajuste de 3,09% (reposição integral da inflação, medida pelo INPC, mais 1,31% de aumento real), sobre os salários, PLR e demais verbas. Estes foram os principais pontos da proposta feita pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) ao Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT, em rodada na terça-feira (18/9). 
A CCT é válida por dois anos, o que foi avaliado pelo Comando como uma importante conquista, principalmente numa conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores. Para analisar a proposta, a categoria fará assembleias em todo o país até o dia 1º de outubro. O Sindicato marcará a sua em breve.
Impasses
Um dos maiores impasses na negociação foi em relação aos financiários que fazem concessão de crédito e financiamento em lojas e concessionárias, que trabalham nos fins de semana. Foi garantido a estes trabalhadores um fim de semana completo e um domingo de folga por mês. As horas trabalhadas aos sábados terão pagamento de 50% e as nos domingos e feriados de 100%, podendo, a critério do financiário, ser compensadas em até 30 dias depois de trabalhadas. Outra conquista foi o parcelamento do adiantamento de férias em até três vezes. Atualmente é descontado integralmente no mês posterior às férias. 
Quanto à cláusula de gratificação de função, que prevê 55% de comissionamento, somente em caso de ações trabalhistas futuras e caso se descaracterize o comissionamento, reconhecendo como devidas as horas extras, será descontado em execução o que já foi pago. Isso já tem sido praticado pela Justiça Trabalhista em algumas ações em andamento. A mudança não impacta aos trabalhadores ativos, tampouco nas ações anteriores à assinatura do acordo.
Foi fixada uma contribuição negocial no valor de 1,5% sobre o salário e a PLR. Esse valor é menor que a soma da contribuição sindical e a contribuição assistencial anteriormente cobradas. Para o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes, que representou o Rio de Janeiro na mesa de negociação, o fator preponderante para garantir as conquistas da CCT, foi a unidade da luta da categoria.

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