Quarta, 30 Agosto 2017 00:00

CUT debate conjuntura e define calendário de luta

Com representantes dos movimentos social e sindical, o 15ª Congresso Extraordinário e Exclusivo da CUT, iniciado na segunda-feira (28) com término previsto para a quinta-feira (31), debateu a conjuntura nacional com foco no momento político, econômico e social que o país vive.
Para subsidiar os planos da CUT, os palestrantes indicaram a unidade na luta como uma das propostas para a classe trabalhadora anular os retrocessos impostos por um presidente ilegítimo, com mobilizações, paralisações e eleição de um Congresso representativo da classe trabalhadora.
A próxima ação votada e aprovada durante o congresso será o lançamento no dia 7 de setembro de uma campanha para colher ao menos 1,3 milhão de assinaturas para enviar ao Congresso Nacional. Trata-se de um projeto de lei de iniciativa popular que revogue a plataforma de retirada dos direitos trabalhistas.
A partir da data que marca também o Grito dos Excluídos, a CUT e parceiros de movimentos sociais irão disponibilizar kits para coletas de assinaturas. Cada sindicato ligado à Central terá como meta recolher ao menos um número equivalente à metade de sua base.
O presidente Nacional da CUT, o bancário Vagner Freitas, lembrou o crescimento econômico nos anos de governo popular no Brasil e condenou o golpe do governo ilegítimo de Temer, dizendo que foi construído fora do país e sempre contra Dilma e Lula, mas, sobretudo, contra a classe trabalhadora.
“Além de retirar direitos, querem vender nosso país a preço de banana e acabar com a soberania do povo, vendendo terras e empresas estatais que financiaram por muitos anos a ascensão da economia brasileira”, disse.
O coordenador do MST (Movimento do Sem Terra) e da Frente Brasil Popular (FBP), João Pedro Stédile afirmou que o projeto neoliberal está sendo colocado em prática, aumentando os lucros, com maior exploração da mão de obra com a reforma trabalhista. Além dos retrocessos já colocados, na semana passada, o presidente ilegítimo Michel Temer anunciou a venda de quase 60 empresas públicas. A qualquer momento, o governo colocará a Reforma da Previdência para ser votada e acabar com a aposentadoria do povo brasileiro.
Para o Coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo Sem Medo (PSM), Guilherme Boulos, a privatização anunciada por Temer “coloca um cenário duro de desmonte e destruição por um governo que tem 3% de popularidade”.
Representam o Rio na atividade, a diretora Marlene Matos (Secretaria da Mulher da CUT) e o diretor Vinicius Assumpção (diretor da CUT Nacional). “O fundamental do 15º Congresso foi a definição do plano de lutas para enfrentar os ataques aos direitos dos trabalhadores”, disse Vinicius.
Calendário de lutas
7/9 - Grito dos excluídos com atividades em São Paulo
14/9 - Dia Nacional de Luta em defesa dos direitos e contra a reforma da Previdência
3/10 – Aniversário da Petrobrás, atos em defesa da estatal
11/11 – Protestos contra a nova lei trabalhista que entra em vigor nesta data

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