Quinta, 31 Agosto 2017 00:00

BAIXA QUALIDADE - IBGE: Desemprego no país cai para 12,8%, com crescimento da informalidade

Emprego com carteira assinada ficou estável, com crescimento das vagas sem registro e do trabalho por conta própria

por Redação RBA

 

A taxa de desemprego no país caiu 0,8 ponto percentual na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e julho deste ano o percentual de trabalhadores de sem emprego recuou para 12,8%, frente aos 13,6% registrados entre os meses de fevereiro e abril.

Na comparação com o mesmo período de 2016, o total de pessoas sem emprego aumentou em 1,5 milhão, quando a taxa de desemprego registrada foi de 11,6%. O número de pessoas ocupadas, atualmente, aumentou em 1,6% em relação ao trimestre anterior (total de 90,7 milhões), mas não cresceu na comparação com o ano passado.

Os dados da Pnad revelam que a queda recente no desemprego se deu em função do aumento da informalidade, já que o total de trabalhadores com carteira assinada manteve-se estável, em 33,3 milhões.

O número de empregados sem carteira cresceu 4,6%, em relação ao trimestre anterior, com mais 468 mil pessoas trabalhando sem registro, neste período, totalizando 10,7 milhões de pessoas. Em relação a 2016, esse número é 5,6% maior. Já os que trabalham por conta própria somaram mais 1,6% sobre o outro trimestre, totalizando 22,6 milhões de autônomos no país, número similar ao registrado no ano passado.

Com a piora na qualidade das vagas, o rendimento médio do trabalhador não acompanhou o crescimento. No último trimestre, a remuneração média recebida pelo trabalhador foi de R$ 2.106, enquanto nos três meses anteriores o valor registrado foi de R$ 2.111. Há um ano, o rendimento médio era de R$ 2.045. Mas, com o aumento do número de pessoas trabalhando, a massa total de rendimentos subiu de R$ 183,6 bilhões para R$ 186,1 bilhões.

Por setor, a administração pública foi responsável pela criação de 592 mil empregos (alta de 3,9%), a indústria somou 425 mil novos postos (alta de 3,7%) e o comércio acumulou 226 mil novas vagas (alta de 1,3%). Na comparação com 2016, o setor da construção civil registrou queda de 8,5% (menos 623 mil pessoas), e as vagas na agricultura retraíram 8,0% (- 749 mil pessoas).

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