Quinta, 04 Outubro 2018 18:25

Financiários avaliam proposta da Fenacrefi

Os financiários realizam na próxima segunda-feira (8/10), assembleia para avaliar a proposta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) apresentada pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito de Financiamento e Investimento (Fenacrefi) ao Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT. A Confederação orienta a aprovação da CCT que oferece 3% de reajuste nos salários e demais verbas de natureza econômica, inclusive PLR. 
A assembleia será às 18 horas, no auditório dos bancários (Av. Presidente Vargas, 502, 21º andar). O índice diferente do aprovado pelos bancários é em função da data-base dos financiários, em que a inflação foi menor. O reajuste corresponde à reposição da inflação (INPC entre 1º de junho de 2017 e 31 de maio de 2018) mais 1,22% de aumento real.
As demais cláusulas foram mantidas e têm validade de dois anos (2018 a 2020). Para 2019, foi garantida reposição da inflação, mais 1% de aumento real. O Comando negociou um percentual para a manutenção da negociação, com desconto de 1,5% do salário corrigido e da PLR, com teto. O valor é menor do que a soma do imposto sindical e a contribuição negocial, anteriormente cobrados.
“Convocamos toda a categoria a participar da assembleia. A proposta é uma vitória diante da manutenção integral dos direitos previstos na Convenção, direitos ameaçados pela nova legislação trabalhista imposta pelo governo Temer”, frisou o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes. Dúvidas com o dirigente, nos telefones 2103-4120 e 99038-9571. 
Impasses superados – Um dos maiores impasses referiu-se à criação de nova cláusula para regulamentar o trabalho nos fins de semana dos que fazem concessão de créditos e financiamentos em lojas e concessionárias. O Comando defendia a garantia de um fim de semana e um domingo de folga por mês. As financeiras queriam estender a cláusula para todos os financiários.
As partes chegaram a um acordo, criando para discutir o assunto a Comissão de Enquadramento e Trabalho aos Sábados, Domingos e Feriados, que deve começar a se reunir a partir de março de 2019. “O objetivo continua sendo regularizar a situação destes trabalhadores”, explicou Sérgio.
Gratificação de função – Prevê 55% de comissionamento, somente em caso de ações trabalhistas futuras e caso se descaracterize o comissionamento, reconhecendo como devidas as horas extras, descontando em execução o que já foi pago. Isso tem sido praticado pela Justiça Trabalhista em algumas ações em andamento. A mudança não impacta os trabalhadores ativos, tampouco nas ações anteriores à assinatura do acordo.
Férias - Outra conquista é a possibilidade de parcelar em até três vezes o adiantamento de férias, que atualmente é descontado integralmente no mês posterior ao descanso.

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