Segunda, 11 Setembro 2017 00:00

JURÍDICO EM AÇÃO - Três bancários lesionados do Itaú voltam ao trabalho

Mais três bancários foram reintegrados no Itaú, por decisão da Justiça, em ações interpostas pelo Sindicato. Com mais de 10 anos de banco, todos eles são portadores de LER/Dort (Lesões esforços repetitivos/Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) e foram demitidos indevidamente.
Ronaldo Pereira da Silva, com 30 anos de banco, é oriundo do prédio administrativo de São Cristóvão (Cancela). O bancário teve o reconhecimento pelo INSS de sua condição de portador de LER/Dort, o que lhe garantia o afastamento do trabalho para tratamento de saúde, beneficiado pelas normas da espécie B-91. Portanto não poderia ser demitido. Por decisão de juízo do TRT da 1ª Região, Ronaldo foi reintegrado no dia 29 de agosto, na agência do Itaú da Almirante Barroso, 52.


Duas décadas de banco


Ana Paula Martins da Silva Lima foi admitida em dezembro de 1993. Em 22 anos de trabalho no banco, parte deles como caixa, contraiu tendinite e epicondilite, pelo que obteve reconhecimento do nexo causal pelo INSS e recebeu o auxílio-doença da espécie B-91 (acidente de trabalho). Demitida em abril de 2016, foi reintegrada por ordem de juízo da 17ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 2017.


Demissão abusiva


Marcelo Silva Fernandes entrou no Itaú em junho de 2004 e exatos quatro anos depois foi demitido em junho de 2008. Nesse tempo, o funcionário foi acometido de epicondilite lateral, síndrome do túnel do carpo e tenossinovite dos extensores dos dedos da mão esquerda. A demissão abusiva do bancário violou o artigo 168 da CLT e a Norma Regulamentadora 7 do Ministério do Trabalho, que preveem a necessidade do exame médico demissional, o que não foi feito pelo banco. A juíza Letícia Primavera Marinho Cavalacanti, da 75ª VT/RJ sentenciou a reintegração em 6 de dezembro de 2016.

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