Sexta, 15 Setembro 2017 00:00

Trabalhadores fazem Dia Nacional Contra Novas Regras Trabalhistas

Como parte das mobilizações para impedir a implantação das novas regras trabalhistas, categorias fizeram em todo o país, nesta quinta-feira (14/9), um Dia Nacional de Lutas, Protestos e Panfletagens. A reforma, de autoria do governo Temer, aprovada pelo Congresso Nacional em julho último, está prevista para vigorar a partir de 11 de novembro. As mobilizações visam impedir que isto aconteça e, também, barrar a privatização de estatais, como Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica e os Correios, entre outras, como planeja o governo Temer.

No Rio de Janeiro houve panfletagens e coletas de subscrições ao abaixo-assinado de apoio ao Projeto de Iniciativa Popular de Anulação da Reforma Trabalhista, em frente ao prédio do Banco do Banco do Brasil da Senador Dantas, do Barrosão da Caixa Econômica Federal e do Itaú da Avenida Rio Branco, 123. A meta é obter 1.300.000 assinaturas de apoio. Foi dada continuidade à mobilização na sexta-feira, desta vez no polo digital do Banco do Brasil do Andaraí.

O impacto da reforma

Durante as mobilizações do Rio de Janeiro, a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, falou sobre a importância dos bancários se inserirem na campanha nacional, juntamente com as demais categorias, para barrar a implantação das novas regras. Explicou que seria extremamente negativo o impacto sobre a categorias bancária, com desemprego e redução de inúmeros direitos, tanto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quanto da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“Com a participação dos bancários e das outras categorias será possível impedir que vingue esta avalanche contra os nossos direitos. Vivemos um momento de resistência ao desmonte da legislação trabalhista. Se estivermos todos empenhados nesta luta será possível vencer e impedir que isto aconteça”, afirmou. Frisou que o governo Temer, bem como o Congresso Nacional, envolvidos em inúmeros escândalos de corrupção, não têm autoridade moral para impor estas mudanças.

Defesa dos bancos públicos

A participação dos bancários nestas manifestações, foi aprovada no Congresso Nacional da categoria, como parte da campanha deste ano. E vem acontecendo de forma coordenada em todos os estados.

Além da reforma, a campanha combate a privatização das estatais. Na próxima quinta-feira (21/9), às 18 horas, no auditório do Sindicato, será lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, da qual participam partidos de oposição e entidades representativas da sociedade. E, no dia 3 de oubro, haverá uma grande mobilização no Rio de Janeiro, o “Ocupa Rio”, com manifestações de várias categorias, entre elas a dos bancários, trabalhadores do setor elétrico, petroleiros, da Casa da Moeda, metalúrgicos, servidores da educação e da saúde contra a reforma trabalhista e as privatizações, com a presença de parlamentares e dirigentes sem-terra, sem teto, estudantes, atingidos por barragens, entre outros. “A sociedade precisa compreender o tamanho dos prejuízos em suas vidas que virão com estas reformas e com as privatizações, por exemplo, da Eletrobras, do Banco do Brasil e da Petrobras”, afirmou Adriana.

São Paulo

Em São Paulo, cerca de 1.500 pessoas fizeram um protesto em frente à Superintendência Regional do Trabalho. A concentração começou às 9h na Praça Ramos e os manifestantes seguiram em passeata em ato unificado de sindicatos de metalúrgicos ligados à CUT e às demais centrais..

Sindsaúde, Simesp e Sinpsi coletaram assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular que propõe a revogação da Reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (PMDB) no Hospital das Clínicas da capital paulista. Outras categorias se concentraram no centro e saíram em caminhada para alertar a população sobre o roubo de direitos trabalhistas previsto para entrar em vigor a partir de 11 de novembro. Os bancários também ocuparam as portas do Metrô para panfletar nas estações, Sé, São Bento, Anhangabaú, Jabaquara, Tucuruvi, Butantã, Trianon-Masp, Brigadeiro, Consolação, Capão Redondo e Tatuapé.

Na Bahia, os trabalhadores pararam o Pólo Petroquímico de Camaçari pela manhã para coleta de assinaturas ao projeto. e fazem coleta para o projeto. Em Recife (PE), trabalhadoras de várias categorias (metalúrgicos, petroleiros, previdenciários, metroviários, trabalhadores em processamento de dados e tecnologia da informação), além servidores públicos federais, estaduais e municipais, integraram as ações coordenadas pelos metalúrgicos.

Uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Pará, em Belém, discutiu a privatização no setor elétrico. Como tem acontecido em todas as atividades, também nesta a CUT-PA coletou assinaturas para o projeto de lei de revogação da Reforma Trabalhista. Em Fortaleza (CE), CUT, confederações, federações, sindicatos e movimentos sociais realizaram uma tribuna livre e panfletagem sobre campanha para anulação da Reforma Trabalhista. Na capital cearense, a atividade ocorreu na Praça do ferreira, no Centro da cidade.

Em Goiânia (GO), os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) deram um abraço simbólico no Hospital das Clínicas (HC). O ato aconteceu às 8 horas e contou com o apoio dos pacientes, que também participaram da atividade.

O objetivo da manifestação foi denunciar os cortes orçamentários do governo federal, que não permitem repor as vagas dos trabalhadores que se aposentam e tampouco a manutenção e aquisição de implementos hospitalares, que vão desde luvas e seringas até materiais mais complexos, como peças para manutenção de equipamentos, clínicas e custeio. Houve ainda manifestações em Porto Alegre (RS), Contagem (MG) com fechamento de vias e panfletagens. Em breve, mais informações sobre o dia de lutas.

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