Quarta, 16 Mai 2018 19:27

Bancários protestam contra gastança irresponsável da diretoria da Caixa

Empregados da Caixa protestaram em frente ao Estádio Mané Garrincha, em  Brasília, contra a gastança de mega-evento custeado com dinheiro público Empregados da Caixa protestaram em frente ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, contra a gastança de mega-evento custeado com dinheiro público

Empregados da Caixa e dirigentes de várias entidades sindicais, participaram nesta quarta-feira (16/5) de um protesto contra a gastança irresponsável de recursos públicos por parte da diretoria da Caixa Econômica Federal, na realização de um megaevento, em Brasília. Segundo a imprensa comercial, foram jogados pelo ralo, no mínimo, R$ 2,5 milhões. O evento reuniu mais de 6 mil gestores, no Estádio Mané Garrincha. O golpista Michel Temer, acabou não comparecendo.
Desde as 8 horas da manhã, os trabalhadores denunciavam, durante o ato, a conduta assediadora e contraditória da Caixa. Às 19 horas, foi realizado o show-protesto “Festa dos Excluídos”, também em frente ao estádio. Para o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti, o evento é uma afronta ao funcionalismo do banco e a toda a população, obrigados a conviver com o enxugamento da Caixa, com fechamento de milhares de postos de trabalho e agências. Só para este ano a previsão é de extinção de mais 100 delas.
Temer e a diretoria do banco dizem que o objetivo é cortar custos e torná-lo mais eficiente. 
O encontro busca explicar aos gestores esta nova mentalidade. “Esta é uma argumentação sem pé nem cabeça. Todos sabem que o verdadeiro objetivo é piorar o atendimento para tornar mais fácil a privatização e até lá, abrir espaço para os bancos privados”, acusou Matileti.
Carta à diretoria
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) encaminhou, na última terça (15/5), carta aberta (leia a carta na íntegra clicando aqui) à direção do banco. Nela reivindicam mais respeito e valorização dos empregados. O documento é uma resposta aos atos contraditórios da empresa, que ao mesmo tempo em que reduz despesas com o quadro funcional, financia com dinheiro público o megaevento de Brasília.
Para Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa, é preciso lutar para defender o banco 100% público. “O Brasil não precisa ter um banco 100% público que faça única e exclusivamente a política mesquinha dos banqueiros de lucrar com juros e taxas elevadas. O país precisa de uma Caixa 100% Pública combatendo o déficit habitacional, sendo direta e indiretamente um dos maiores empregadores do Brasil e aumentando o patamar civilizatório do povo brasileiro”, afirmou.
Questionada, a direção da Caixa declarou que o evento visa “cobrar mais resultados dos empregados”. Daí surge um novo questionamento: Mas como, sem empregados e sem a capitalização da empresa, barrada pelo Conselho de Administração a mando do Ministério da Fazenda?

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