Domingo, 20 Mai 2018 09:37

CAPITALISMO SELVAGEM - Patrões retiram direitos para manter níveis de lucratividade

TUDO PELO EMPREGO - Para o assessor jurídico da Fetraf-RJ/ES, Bruno Moreno, com a ameaça da terceirização e a negociação individual, o empregado tende a se submeter a condições degradantes de trabalho e a remuneração reduzida para não perder o emprego TUDO PELO EMPREGO - Para o assessor jurídico da Fetraf-RJ/ES, Bruno Moreno, com a ameaça da terceirização e a negociação individual, o empregado tende a se submeter a condições degradantes de trabalho e a remuneração reduzida para não perder o emprego

O assessor jurídico da Fetraf-RJ/ES, Bruno Moreno, encerrou os painéis da 20ª Conferência Interestadual dos Bancários RJ/ES, no último sábado (19), em Três Rios, dizendo que a retirada de direitos, através das reformas do governo Temer e o achatamento salarial têm como objetivo principal a redução de custos com a mão-de-obra para que o capital consiga manter os patamares de lucros anteriores a crise internacional de 2011 e 2009. Ele ressaltou que a alteração da legislação trabalhista, que cria novos parâmetros nas relações de trabalho, tem a lógica de “substituir mão-de-obra com mais direitos por trabalho precarizado”.

Moreno acrescentou dizendo que os patrões podem agora terceirizar qualquer atividade de suas empresas e foram criadas alternativas ao acordo coletivo, com o objetivo de enfraquecer o poder e o papel dos sindicatos nas negociações.

“O trabalhador agora pode pactuar individualmente seus direitos, mas é evidente que ele é a parte mais frágil da negociação. Ameaçados pela terceirização, os empregados vão se submeter a perda de direitos e qualquer nível de condição de trabalho para não perder o emprego”, afirmou.

 

 

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