Segunda, 25 Setembro 2017 00:00

DEFESA DOS BANCOS PÚBLICOS - Parlamentares se unem aos sindicatos contra as privatizações

Em uma cerimônia que lotou o auditório do Sindicato, foi lançada na última quinta-feira (21/9), a representação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos no Rio de Janeiro. Estiveram presentes o presidente nacional da Frente, senador Lindberg Farias (PT-RJ) e os deputados federais do PT do Rio de Janeiro, Wadih Damous e Luiz Sérgio, os deputados estaduais Carlos Minc (sem partido), Paulo Ramos (PSOL-RJ), Gilberto Palmares (PT-RJ), Waldeck Carneiro (PT-RJ) o vereador Reimont (PT), além do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von der Osten, e a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, entre outros.
“As empresas públicas são responsáveis por investimentos pesados na economia, no desenvolvimento nacional. No caso específico dos bancos públicos, financiam programas sociais, a construção de habitação popular, a ampliação de pequenas, médias e grandes empresas e ainda o crédito agrícola. Que grupo privado investirá nisso? Eles têm como objetivo único o lucro e não o interesse da sociedade que será a grande prejudicada com as privatizações”, afirmou o senador petista Lindberg Farias.
Papel da mídia - A presidente do Comitê de Defesa das Empresas Públicas e bancária da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, criticou a mídia que enaltece o privado em detrimento do público. “É preciso dialogar com os diferentes segmentos da sociedade e construir um processo de resistência às privatizações”, defendeu. Na avaliação de Rita, os bancos públicos não constam da lista das estatais a serem privatizadas, porque a privatização destas instituições financeiras se faz através da entrega de empresas coligadas e do sucateamento, cedendo, desta forma, espaço para a ampliação dos negócios dos bancos privados. “Temer reduz cada vez mais o papel dos bancos públicos, como vem fazendo com a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES, em benefício do setor privado”, resumiu.
Mobilização - Os oradores acentuaram a importância da mobilização para barrar a entrega dos bancos públicos e das demais estatais à iniciativa privada. E que é necessário que os sindicatos busquem aliados como os trabalhadores sem-terra, estudantes, e sem teto. O objetivo é ampliar estas parcerias, mostrando que todos serão atingidos.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, lembrou que, já como parte destas parcerias, no dia 3 de outubro haverá atos e paralisações. “Os protestos começam às 11 horas, em frente ao prédio da Eletrobras e terminam com um ato em frente ao edifício sede da Petrobras, na Avenida Chile. Deles participarão, trabalhadores da cidade e do campo e estudantes”, adiantou.
Benedita da Silva, Chico Alencar, Jean Wyllys e Jandira Feghali não puderam estar presentes mas enviaram nota de apoio.

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