Terça, 26 Setembro 2017 00:00

Alerj analisa veto de Pezão à lei que proíbe bancário de portar chaves da agência

O veto do governador Luiz Fernando Pezão ao projeto de lei 184/2015 poderá ser derrubado nesta quarta-feira, às 15 horas, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Aprovada em 3 de novembro de 2016 e vetada em 28 de novembro do mesmo ano, a proposta proíbe que bancários portem as chaves dos cofres e agências em que trabalham, nos dias úteis e fins de semana, e que transportem numerários. Além disto, torna obrigatória a instalação de portas giratórias. O transporte do dinheiro deverá ser feito por carro-forte.

O projeto é de autoria dos deputados Carlos Minc (sem partido) e Paulo Ramos (PSOL-RJ) e foi elaborado a pedido do Sindicato. Tem como objetivo evitar a exposição da vida do bancário e seus familiares, reduzindo ao máximo a possibilidade de sequestros, assaltos e outros tipos de violência. O Sindicato vai pressionar para que os deputados derrubem o veto.

Minc: veto deverá cair

Segundo avaliação do deputado Carlos Minc, o veto deverá ser derrubado. “Fiz um trabalho de convencimento junto a toda a base do governo e acredito em mais uma vitória para os bancários, amanhã”, afirmou.

O parlamentar argumentou com os deputados governistas que não havia motivo para manter o veto. “Primeiro, porque o projeto não traz nenhum custo para o estado. Em segundo lugar, porque a alegação de que a questão é privativa da União não se sustenta, já que recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a lei estadual que proíbe a produção de amianto no Rio de Janeiro por legislar sobre a dignidade e a saúde do trabalhador que é justamente o conteúdo desta lei vetada por Pezão que visa proteger a vida do bancário”, sustentou Minc.

O terceiro argumento foi o de que os bancos ganham dinheiro demais para se recusarem a contratar uma empresa de segurança que abra as portas e o cofre com um apertar de botão à distância. “Este foi o argumento definitivo. Afinal estamos no século XXI e obrigar o bancário a levar para casa as chaves do cofre e da agência, sujeitando-o ao perigo, é coisa do século XIX”, ironizou.

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