Terça, 26 Setembro 2017 00:00

ELAS NA VANGUARDA - Mulheres protestam contra a Reforma da Previdência

Trabalhadoras da CUT, CTB e várias outras centrais sindicais realizaram na última terça-feira, 26, um protesto contra a Reforma da Previdência e pelo direito à aposentadoria. A atividade, que fez parte de uma mobilização nacional, foi realizada no Rio, em frente à Superintendência do INSS, na Rua Pedro Lessa, no Centro da cidade.

“As mulheres são as mais atingidas por estas reformas do governo Temer e já sofrem a discriminação no mercado de trabalho, recebendo, em média, salários inferiores aos pagos aos homens. Além disso, a dupla jornada não é computada no tempo de serviço na hora de se aposentar”, disse a diretora do Sindicato, Marlene Miranda, que participou da atividade.

As manifestantes denunciaram que as brasileiras ganham salários, em média, 30% menores do que os recebidos por empregados do sexo masculino, em função similar. Criticaram também o fato de que a terceirização e a precarização do trabalho, somados a informalidade agravam ainda mais a situação, pois farão com que, a maioria das brasileiras, não consiga os 25 anos necessários para se aposentar.

“Este projeto tem um vieis de caráter racista e machista pois impactará muito mais nas mulheres, especialmente as negras”, acrescenta.

O fim do INSS

As sindicalistas denunciaram ainda que há um processo de desmonte da Previdência Social que faz parte de um projeto minuciosamente planejado pelo governo golpista. Na opinião da diretora do Sindicato, Kátia Branco, o projeto do empresariado e do governo visa acabar com a Previdência pública, como já ocorre em outros países, como o Chile, resultando num abismo social que está sendo revisto e criticado pela sociedade chilena.

“Tornar o trabalho ainda mais precário resultará no aumento das despesas dos governos na área de saúde, ao mesmo tempo em que Temer decidiu cortar verbas neste setor fundamental para o nosso povo. Além disso, reduzir drasticamente a média salarial dos trabalhadores e impor uma política econômica que derruba a geração de empregos formais, significa menos dinheiro para a Previdência Social. Este desmonte só interessa aos banqueiros que irão vender mais previdência privada para a classe média. Já os pobres passarão os últimos dias de sua vida numa miséria absoluta”, critica a diretora do Sindicato Kátia Branco.

As participantes do protesto lembraram ainda que que as mulheres sempre estiveram na vanguarda das lutas em defesa dos direitos de toda a classe trabalhadora.

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