Quarta, 27 Setembro 2017 00:00

Sindicato convoca bancários para defender bancos públicos e lutar contra reformas

Sindicalistas debatem ainda sobre ganhos do acordo de dois anos firmado entre a categoria e a Fenaban

Como ocorre todas as quartas-feiras, o Sindicato percorreu em caravana cerca de 20 agências bancárias do Méier e Jardim do Méier, nesta quarta (27), para convocar os bancários para participarem da campanha em defesa dos bancos públicos, explicando também a importância da negociação de dois anos.
Os dirigentes sindicais e ativistas bancários distribuíram os panfletos “Se é público, é para todos” e “Acordo de dois anos garante aumento real e outros direitos”, nas agências do Banco do Brasil e da Caixa, e nas unidades dos bancos privados.
“Temos recebido grande apoio da população nas caravanas”, disse o diretor da Contraf-CUT Marcello Azevedo, lembrando que privar a sociedade brasileira dos bancos públicos é negar o futuro aos brasileiros, que ficariam sem os financiamentos da Caixa à casa própria (Minha Casa Minha Vida), da bolsa de estudo (Fies), do saneamento (água e esgoto) e outros. O Banco do Brasil financia 70% da agricultura nacional, além de garantir crédito para as pequenas, médias e micro empresas, o que gera emprego e renda.

Acordo de dois anos

Sobre o acordo de dois anos celebrado entre a categoria e a Fenaban, em 2016, valendo até 2018, convém ressaltar que a vantagem não foi só a conquista de um aumento real de 1%. Outros direitos estão garantidos, como PLR a todo bancário que trabalhou pelo menos um dia no ano, auxílio-maternidade (180 dias) e paternidade (20 dias), vales alimentação e refeição e folga assiduidade.
Na segunda-feira, a Contraf-CUT e a Fenaban assinaram o acordo para a criação dos centros de realocação e requalificação profissional, que vão garantir o emprego de muitos bancários e bancárias vitimados pelas reestruturações tecnológicas. “Esses são direitos que ficam garantidos com o acordo de dois anos, uma estratégia acertada do Comando Nacional ao negociar com a Fenaban, em 2016”, disse o diretor do Sindicato Marcelo Pereira.
Os sindicalistas voltaram a criticar a Reforma Trabalhista e a ampliação da terceirização, já sancionadas pelo presidente Michel Temer, e a Reforma da Previdência, que é prioridade na pauta do governo e deverá ser votada no Congresso Nacional ainda em outubro deste ano.

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