Sexta, 11 Abril 2025 20:04

Chapa 1 - Unidade na Luta vence eleição do Sindicato com 92,10% dos votos

A Chapa 1, eleita com 92% dos votos válidos, posa para foto, ao lado de apoiadores, após cerimônia de anúncio do resultado. Foto: Nando Neves. A Chapa 1, eleita com 92% dos votos válidos, posa para foto, ao lado de apoiadores, após cerimônia de anúncio do resultado. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Ao obter 92,10% dos votos de bancários e bancárias que participaram do pleito virtual que começou na segunda-feira (7/4) e terminou nesta sexta-feira (11/4), às 17 horas, a Chapa 1 – Unidade na Luta, venceu as eleições para a diretoria do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro. “Declaro vitoriosa a Chapa 1. Foi uma eleição tranquila, com a participação de 4.609 votantes, um quórum expressivo que corresponde a 66,80% dos 6.900 aptos a votar”, afirmou a presidenta da Comissão Eleitoral, Fernanda Carisio, no auditório do Sindicato, ao final da apuração dos votos, feita digitalmente.

Estiveram presentes à apuração representantes das centrais sindicais CUT, CTB e Intersindical, além dos vereadores do PT, Leonel Quirino e Igor Feio e dirigentes da Contraf-CUT, das federações bancárias Federa-RJ e Fetraf. E mais diretores de sindicatos de bancários de todo o estado do Rio.  

José Ferreira, da corrente política Articulação, primeiro presidente eleito por três vezes na história da entidade, parabenizou todas as forças políticas que entenderam a necessidade de formar uma chapa de unidade em um momento difícil para a categoria bancária, para todos os trabalhadores e para a democracia. “Só não conseguimos fechar uma chapa efetivamente unitária porque parte dos companheiros não entenderam que a conjuntura que vivemos exige de nós superar as divergências entre as esquerdas para o combate ao neoliberalismo, ao bolsonarismo e à ultradireita”, afirmou durante discurso logo após o anúncio do resultado da eleição.

O dirigente bancário ressaltou que o desafio de articular a unidade vai continuar. “E isto tem que ser perseguido a todo custo porque há uma ameaça em 2026. Por isto apostamos em ter uma chapa de unidade de todas as forças para sinalizar esta necessidade para os demais sindicatos e toda a sociedade”, argumentou.

A vice-presidente do Sindicato, Kátia Branco, da CTB e do PCdoB, também reeleita, frisou que a grande participação da categoria na eleição e a expressiva votação da Chapa 1, mostrou o apoio à ideia da chapa de unidade. “Foi uma honra termos recebido 92% dos votos. Bancários e bancárias deram com isto o recado de que querem fortalecer a luta por mais direitos, em defesa do emprego, pelo fim do assédio moral, e que, para isto entendem que é vital eleger uma chapa de unidade das forças políticas presentes na categoria”, afirmou.

Chapa da unidade fortalece o Sindicato – Cleyde Magno, da corrente política Enfrente, disse que o compromisso com a categoria é o principal motivo que fez com que a sua força política estivesse nesta chapa. “E também a necessidade de unir as várias visões políticas em defesa da democracia”, afirmou. “A grande participação da categoria mostra o acerto da nossa política de frente ampla com grande número de forças presentes na chapa. Agradecemos aos bancários pela participação e reconhecimento”, disse.

Para Sérgio Amorim da CSD, a vitória da Chapa 1 é a vitória da categoria bancária por melhores condições de vida, por mais direitos e pela democracia. ‘E a eleição daqui é uma sinalização importante para outros setores da sociedade de que é preciso estar unidos para defender a sobrevivência da democracia. Termos obtido mais de 90% dos votos mostra que foi acertada a proposta da unidade”, avaliou.

Jacy Menezes, da Intersindical, disse que a votação mostrou que o bancário sabe que o Sindicato só vai dar certo com a presença de todos os setores em sua diretoria. “As divergências existem, mas é importante entender que a unidade é o melhor para a nossa categoria”, afirmou Jacy. Júlio Castro, de posição independente, frisou que a unidade é importante para fortalecer o Sindicato. “O Sindicato é a casa do trabalhador. Por isto, podemos divergir, mas temos que estar todos aqui”, argumentou.

Derrotar a extrema-direita – Já o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, disse que não há maior prova do apoio dos bancários e bancárias à diretoria eleita do que a participação de mais de 2/3 da categoria no pleito e a votação em massa (92%) na Chapa 1. “Temos que estar unidos pois só assim vamos ser capazes de dar uma resposta aos nossos patrões, que são os banqueiros, e ao fascismo que está à espreita. O desafio das forças democráticas é construir a unidade para derrotar a extrema-direita”, ressaltou.

Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, disse que foi uma alegria participar do processo de construção da chapa e da sua eleição. “Todo este processo mostra a responsabilidade que tem o nosso Sindicato que é referência para tantas outras categorias. Nas lutas mais gerais da sociedade, como a luta pela democracia e contra o fascismo, como nas conquistas de direitos que constam da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e que vão além das conquistas econômicas, com cláusulas com garantias de gênero e raça, pelos direitos das mulheres, negros e negras, contra o assédio, mas também pela inclusão de mulheres carentes de fora da nossa categoria”, lembrou.

Centrais sindicais – Paulo Farias, presidente da CTB Rio, deu os parabéns em nome da central sindical pela vitória da Chapa 1. “A unidade em tempos difíceis como o que vivemos é fundamental. Temos pela frente eleições para vencer. E para derrotar o fascismo somente com a unidade das forças democráticas. E o Sindicato dos Bancários, como sempre, sai na frente dando o exemplo, e contando com o apoio da base que deu à esta chapa uma votação expressiva”, constatou.

Jane Sant’Ana, secretária-geral da CUT Rio, lembrou que a unidade é importante também para fortalecer a luta da categoria bancária contra a precarização do trabalho. “Junto com as centrais sindicais, os sindicatos têm que construir uma luta maior contra o crescimento da exploração que visa o aumento do lucro dos bancos e demais empresas”, disse.

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