Diretores do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro deram início na quarta-feira (2/4) a uma série de protestos contra a campanha nacional colocada em prática pelo Bradesco para forçar os clientes a deixar de exercer o seu direito de realizar saques e depósitos nos caixas eletrônicos. A chamada principal da campanha do banco é “Sacar pra quê?”, visando desestimular clientes e usuários a usarem um serviço pelo qual pagam tarifas altíssimas, com o objetivo de cortar custos e engordar ainda mais o lucro. Só no ano passado, o Bradesco faturou R$ 19,6 bilhões.
A manifestação aconteceu na quarta-feira (2/4) em frente à agência Serzedelo Correia, em Copabacana, escolhida por ter suspenso, em definitivo, saques e depósitos, tendo retirado estas operações do rol de opções dos caixas de autoatendimento.

Direito do consumidor

Os dirigentes do Sindicato distribuíram aos clientes um boletim impresso da entidade com o título “Cliente Bradesco, Sacar é um Direito Seu”, condenando a campanha publicitária do banco, que tenta forçar correntistas e usuários a utilizar apenas os canais digitais.
Na unidade da Serzedelo Correia, o Bradesco colou cartazes comunicando a suspensão dos serviços de saque e depósito no autoatendimento, disponibilizando as operações apenas na rede de Banco 24 horas e em suas plataformas digitais.
“Nosso documento orienta ainda os clientes que sejam impedidos de usar o serviço a denunciar ao Banco Central pelo número 145 (Central de Atendimento ao Público do Banco Central do Brasil). O serviço está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, ligação com custo de chamada local). "O Sindicato também acionará o Banco Central, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e parlamentares para cobrar o fim desta campanha do Bradesco que vai contra os direitos dos clientes”, acrescentou Leuver Ludollff, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Também participaram do ato o presidente do Sindicato, José Ferreira, outros diretores da entidade, bem como o diretor da Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar. “Continuaremos com os protestos e atividades para denunciar essa prática do banco de descaso com os funcionários e clientes. Realizamos o ato em protesto hoje aqui em Copacabana. Foi uma atividade muito boa e com total apoio dos clientes e funcionários”, afirmou Leuver.